Colapso de Bas Dost (e não só) leva capitão do NEC a equacionar retirar-se
Lasse Schone é o capitão do NEC, equipa de Bas Dost (IMAGO)
Foto: IMAGO

Colapso de Bas Dost (e não só) leva capitão do NEC a equacionar retirar-se

INTERNACIONAL02.11.202316:57

Lasse Schone, médio de 37 anos, assistiu, no passado domingo, à queda do antigo avançado do Sporting no relvado; antes já tinha sofrido com mais três casos, agora diz que o futebol passou a estar em segundo plano

Há situações na vida que levam a tomadas de decisões mais cedo do que o esperado. Lasse Schone, capitão do NEC, equipa dos Países Baixos, onde joga Bas Dost, ficou tremendamente afetado com o que aconteceu com o antigo avançado do Sporting no passado domingo.

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O médio, de 37 anos, assumiu, em declarações ao Nederlandse Omroep Stichting que, depois do que assistiu, está a ponderar seriamente terminar a carreira. É que esta é a terceira situação do género pela qual passa. O internacional dinamarquês já tinha assistido à paragem cardíaca de Abdelhak Nouri, quando era jogador do Ajax, e sofreu, à distância, as síncopes de Daley Blind e do compatriota Christian Eriksen, no Europeu de 2020, que, recorde-se, jogou-se em 2021 devido à pandemia de Covid-19.

Falar sobre sentimentos não acontece com muita frequência no mundo do futebol, mas é preciso falar sobre eles. Todos têm de entender isso

«Ultimamente tem acontecido com demasiada frequência e já tive de passar por isso muitas vezes... Já não tenho 22 anos e tive uma longa carreira, por isso, estou a pensar quanto tempo mais quero continuar. Já me tinha questionado, agora ainda mais. Ainda não decidi nada, mas estou a falar com as pessoas que me rodeiam», realçou.

Schone diz que no dia a seguir ao incidente com Bas Dost falou com os jogadores mais novos e aconselhou-os a procurarem ajuda especializada para ultrapassarem o momento: «Temos um psicólogo e é importante falar com todos. Alguns jogadores choram, outros gritam e outros riem. Tudo aconteceu e isso é bom. Falar sobre sentimentos não acontece com muita frequência no mundo do futebol, mas é preciso falar sobre eles. Todos têm de entender isso. O futebol é menos importante do que a saúde. Claro que agora trabalhamos de forma diferente para o próximo jogo. O Bas quer que vamos a todo vapor, mas, está claro, será um jogo diferente do normal», acrescentou.