O avançado dinamarquês venceu o prémio de Talento do Ano — também conhecido como prémio Johan Cruyff — nos Países Baixos em 2017, quando jogava pelo Ajax e, como recompensa, recebeu o direito a construir um relvado sintético num local à sua escolha. Altruísta, não pensou duas vezes quando escolheu Voel, pequena vila dinamarquesa de onde é natural, como o sítio onde queria fazer a diferença.
«Sempre joguei aqui, para mim era o único sítio certo para o pôr», explicou, na inauguração do Cruyff Court Kasper Dolberg em 2019. «Poder ajudar muitos miúdos aqui da vila significa muito, dar-lhes um sítio para poderem vir jogar. Estou ansioso para ver pessoas a correr e a jogar aqui», acrescentou o avançado.
Esta é também uma história de como o legado de Johan Cruyff continua presente no dia a dia do mundo do futebol e não só, com a iniciativa que tem o seu nome a fazer a diferença na vida de milhares de crianças espalhadas pelo Globo.
O Prémio Johan Cruyff é atribuído ao Talento do Ano desde 2003 e, desde então, foram construídos centenas de relvados com o nome do gigante neerlandês do futebol. O prémio foi conquistado por grandes nomes do futebol, começando por Robben, o primeiro vencedor na época 2002/2003, passando por Wesley Sneijder, Christian Eriksen, Memphis Depay, Matthijs de Ligt ou Xavi Simons, vencedor do mais recentemente atribuído (2022/2023). Todos os anos, o vencedor escolhe onde pretende construir o relvado, sempre com o intuito de ajudar outros. Além dos Países Baixos, os Cruyff Courts existem na Bélgica, Espanha, Polónia, Grã-Bretanha, Marrocos, Estados Unidos, Japão, entre outros.
Xavi Simons, médio emprestado pelo PSG ao Leipzig e atualmente ao serviço dos Países Baixos, no Euro 2024, herdou o nome da admiração do pai pelo médio espanhol
Este artigo partiu do perfil de Kasper Dolberg que A BOLA publicou no âmbito da Guardian Experts’ Network, uma rede de troca de conteúdos liderada pelo conceituado jornal inglês, e que inclui meios de comunicação social de vários países representados no torneio.