Contactado por A BOLA, empresário reage à condenação no caso de corrupção
César Boaventura considera que foi condenado «por fé» no processo que conheceu sentença esta quarta-feira, no sequência do qual foi punido com 3 anos e 4 meses de prisão, com pena suspensa, por três crimes de corrupção ativa a jogadores do Rio Ave, na época 2015/16.
Agente foi condenado a 3 anos e 4 meses de prisão, com pena suspensa, depois de ter sido considerado culpado por três crimes de corrupção ativa, a três jogadores do Rio Ave, na época 2015/16
«É tudo mentira. Vou recorrer para o Tribunal da Relação, e se não me derem razão vou para o Tribunal Constitucional. Desde o início que sabia que ia ser condenado. Fui julgado por convicção e não por factos», diz o empresário, contactado por A BOLA.
Boaventura entende que «não houve investigação» e que «os depoimentos são uma constante contradição». «Até o Marcelo diz que eu não lhe ofereci dinheiro. O juiz deu como provado que eu estive com os jogadores em dias diferentes, quando os jogadores alegaram em tribunal que estiveram comigo no mesmo dia», acrescenta, referindo-se também a Cássio e Lionn, os outros jogadores envolvidos no processo.
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O empresário, agora impedido de exercer funções durante dois anos, como pena acessória, encara a sentença como uma «condenação por fé, sem provas». «É tão ridículo que um jogador (Lionn) testemunhou que eu tinha dito que o Luís Filipe Vieira estava chateado com Jorge Jesus por causa dos resultados, quando o treinador do Benfica era então Rui Vitória. Se o juiz estava tão convicto, porque não me condenou a pena efetiva?», contesta ainda.
César Boaventura realça ainda que Sporting e FC Porto «nunca apareceram no julgamento», embora fossem assistentes no processo. «Ficou provado que isto é uma guerra entre Benfica e FC Porto, nada tem a ver comigo», conclui.
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