Casa Pia: capitão Varela é garantia de experiência e solidez
Fernando Varela, do Casa Pia (à esquerda), discute a bola com Léo Jabá, do Estrela da Amadora, em jogo pela Liga de futebol. Foto: Maciej Rogowski/Imago.
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Casa Pia: capitão Varela é garantia de experiência e solidez

NACIONAL10.04.202419:09

Internacional cabo-verdiano tem sido um dos homens da confiança de Gonçalo Santos no trio de centrais dos gansos; foi titular em seis dos sete jogos com o atual treinador

A consistência defensiva apresentada pelo Casa Pia tem sido notada nos tempos mais recentes e tem tido consequência nos últimos resultados desportivos dos gansos, que com quatro pontos conquistados nas últimas duas jornadas se posicionam atualmente no nono lugar.

Mérito do trabalho realizado pelo setor defensivo e da experiência dos seus elementos, quase todos eles veteranos: à exceção de Duplexe Tchamba (25 anos), as peças chave da defesa casapiana são Ricardo Batista (37 anos), Nermin Zolotic (30) ou Fernando Varela (36).

No caso deste último, tem personificado exemplo de regularidade desde que chegou a Pina Manique, onde já contabiliza 58 jogos oficiais em pouco mais de época e meia e contribui não só com os seus muitos anos como profissional como também com o seu exímio posicionamento e capacidade de marcação, dos quais Gonçalo Santos raramente abdica: falhou apenas um dos sete encontros já realizados pelo treinador ao comando técnico dos lisboetas, ante o Gil Vicente.

Com 27 jogos já realizados na presente temporada, Fernando Varela pode cumprir a quinta titularidade consecutiva caso seja utilizado no embate frente ao Portimonense, este domingo – a sua maior sequência no onze prolongou-se por dez partidas, entre os meses de outubro e dezembro, com a curiosidade de ter tido lugar perante dois treinadores diferentes e entre os últimos encontros de Filipe Martins até à sua saída e os primeiros três jogos com Pedro Moreira no comando técnico.

Varela tem-se imposto não só no aspeto desportivo, como também na própria importância e influência junto do próprio plantel, tendo assumido em definitivo a braçadeira de capitão após a saída de Vasco Fernandes, em janeiro – muito embora tenha chegado a utilizá-la em partidas com o antigo companheiro ainda no clube, e está acostumado a este tipo de responsabilidade na equipa, o luso-caboverdiano volta a ostentar um estatuto que já exibia no Steaua de Bucareste, da Roménia, e o PAOK, na Grécia.

Hoje uma referência no Casa Pia, Fernando Varela conquistou o título nacional de ambos os países e em Salónica, onde cumpriu seis temporadas e quase 200 jogos oficiais, ajudou a marcar uma página dourada da história do PAOK, que deixou há ano e meio, pouco depois de o filho, Gustavo Varela, se ter juntado à formação do Benfica – alinha hoje no Benfica B e renovou contrato há poucos dias. Atento à situação do experiente central, que se encontrava livre de compromissos, os gansos garantiram uma verdadeira mais-valia.

O nome de Varela tem sido uma constante nas últimas semanas no lado direito do trio de centrais, ao lado de Zolotic (ao centro) e Duplexe Tchamba (à esquerda). Apesar disso, o internacional por Cabo Verde não tem o seu lugar garantido visto que a concorrência pelo lugar é grande e João Nunes, que alinhou como titular no último encontro disputado, ante o Estoril, e terá legítimas expectativas de destronar um dos seus colegas de forma a manter o seu lugar numa corrida a quatro por três vagas.