Bonucci sentiu-se «humilhado» na Juventus e apontou a Allegri
Defesa-central de 36 diz que foi «forçado» a deixar Turim e acusou o treinador da 'vecchia signora' de mentir
A Juventus continua longe de ser tema encerrado na carreira de Bonucci. O defesa-central de 36 anos teve de rumar ao Union Berlim no verão, e colocou um ponto final na odisseia ao serviço da 'vecchia signora', mas o assunto continua muito mal arrumado na cabeça do experiente defesa.
Em entrevista exclusiva à Sportmediaset, e depois das críticas públicas à Juve feitas pela mulher na véspera, Bonucci voltou a exprimir mágoa pela forma como tudo se processou e apontou o dedo ao treinador Massimiliano Allegri.
Confirmou, de resto, que irá avançar com ação judicial contra o clube, que acusou de mentir, acusando também Massimiliano Allegri de ter passado informações falsas.
«Decidi, depois de muito sofrimento, seguir o caminho do litígio contra a Juventus. Li e ouvi coisas falsas ditas pelo clube e pelo treinador [Massimiliano Allegri]», justificou.
Gosto de pensar na Juventus de que fiz parte, aquela que ganhou, a verdadeira Juve, aquela que nunca foi vista nos últimos dois anos
«Depois de duas semanas afastado da Juve, é muito difícil pensar no último período. Gosto de pensar na Juventus de que fiz parte, aquela que ganhou, a verdadeira Juventus, aquela que nunca foi vista nos últimos dois anos. Não tenho nada contra a Juventus», assegurou, antes de deixar nova alfinetada a Allegri.
«Esta é a segunda vez que sou obrigado a deixar a Juventus, em ambos os casos devido à posição de um indivíduo, que não sou eu», atirou, detalhando depois algumas situações.
«É falso que em outubro me tenham dado a conhecer os planos futuros que me excluíam da Juve. Foi em outubro que me foi dada a possibilidade de continuar com uma renovação: avançámos porque o clube tinha compreendido a importância de me ter no balneário», afirmou.
«Depois, ouvi o treinador dizer que o conceito de despedida no final da época seria reiterado por ele e pelo clube em fevereiro. O treinador só me chamou ao seu gabinete no final de março, antes do jogo contra o Friburgo para a Liga Europa, para me dizer que se tratava de antecipar o meu percurso como treinador, deixando de jogar futebol. Disse-lhe que respeitava a sua opinião, mas que até ao Campeonato da Europa de 2024 não queria parar», revelou, acabando por render-se a todas as evidências.
«Não voltei a falar com ninguém até ao final de maio, depois do último jogo em casa com o Milan, quando me foi dito que na época em curso seria titular atrás de Gatti, Bremer, Danilo e de um jovem da formação, tornando-me a quinta ou sexta opção na defesa e um pai para os outros. Aceitei sem criar problemas. No fim de contas, ia ser como na época passada», concluiu.