Andam por aí novos Bernardos, Joões ou Rúbens?
Pedro Mil-Homens e Rodrigo Magalhães, respetivamente diretor geral e coordenador técnico da formação do Benfica (Sérgio Miguel Santos)

Andam por aí novos Bernardos, Joões ou Rúbens?

NACIONAL27.10.202321:10

Motivos para o Benfica acreditar no método; objetivo: salvaguardar futuro desportivo e financeiro

Talvez aquilo que muitos benfiquistas queiram saber é se, entre os 180 jogadores da iniciação dos sub-6 aos sub-13, já por lá andam novos Bernardos Silva, Rúbens Dias ou Joões Félix. 

Tem havido a capacidade de produzir pelo menos dois jogadores por época para entregá-los na equipa A.

Impossível saber. «Nem os benfiquistas nem nós sabemos», responde Pedro Mil-Homens, diretor geral da formação. «Não existe uma métrica específica, mas, se olharmos para o passado recente, tem havido a capacidade de produzir pelo menos dois jogadores por época para entregá-los na equipa A. Houve épocas atípicas nas quais o número é mais elevado e épocas atípicas em que o número é mais reduzido», acrescenta Rodrigo Magalhães, que conforta o espírito dos adeptos: «Felizmente, basta olharmos para o panorama nacional e internacional e ver a quantidade de jogadores que o Benfica produziu na última década para os patamares profissionais, para perceber os resultados. Estamos a falar de um número significativo de jogadores nas I e II Ligas, não só em Portugal como no estrangeiro.» 

Amanhã o projeto do futebol de formação tem de ajudar à sustentabilidade financeira.

Pedro Mil-Homens reconhece que a «dimensão da operação do futebol de formação é grande» e lembra os «dois grandes objetivos»: «Contribuir para aumentar a competitividade, ou seja, criar valor desportivo para a nossa equipa principal e não deixar de pensar que também tem de contribuir para a sustentabilidade financeira.» O diretor geral da formação sublinha que «a realidade portuguesa é essa» e insiste que «a dimensão da operação» tem de salvaguardar o futuro desportivo e financeiro do clube. «E tem garantido ao longo dos anos. Se acontecesse uma vez, seria uma coincidência. Tem sido continuado [produção de jogadores]. A dimensão desta operação, em recursos humanos, financeiros, etc, tem de continuar, mas também de manter esses dois grandes objetivos. Para nós, no futebol de formação, é um orgulho poder ver dois jovens [João Neves e António Silva] - neste momento estão nove na equipa principal — que acrescentaram valor desportivo imediatamente. Mas também ser capaz de perceber que amanhã o projeto do futebol de formação tem de ajudar à sustentabilidade financeira», conclui.

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