«Assumimos riscos, jogadores foram muito corajosos»

Famalicão «Assumimos riscos, jogadores foram muito corajosos»

NACIONAL21.05.202300:16

O treinador do Famalicão, João Pedro Sousa, mostrou-se conformado com o desaire (2-4) averbado na noite deste sábado pela formação que orienta diante do FC Porto, em jogo da 33.ª jornada da Liga disputado no Estádio Municipal de Famalicão, realçando ser justa a vitória portista em especial pela segunda parte, mas manifestando orgulho na atitude das suas 'tropas'

«Não foi uma entrada em falso do Famalicão [perdia por 0-2 aos 10’]. Assumimos o risco de querer pressionar o FC Porto em zonas muito subidas, sabendo que poderíamos sofrer algumas consequências, diante de uma equipa poderosa que estava do outro lado: ao minuto e meio já tinham uma oportunidade de golo. Têm jogadores muito rápidos e são uma equipa poderosa. Até aos 70’, conseguimos pressionar, mas estávamos expostos em duas situações: primeiro, demos espaço nas costas dos nossos médios, e isso foi explorado pelo FC Porto uma e outra vez; depois, os nossos laterais, em especial pelo lado esquerdo do FC Porto, com Galeno. Assumir isto só com jogadores corajosos, e eles foram-no», afirmou João Pedro Sousa, no final do jogo em Famalicão, em declarações à Sport TV.

«A única situação em que não condicionámos o adversário foi a capacidade que o Diogo Costa tem [a jogar com os pés e iniciar ataques e transições]. Aí já não conseguíamos pressionar, e saiu uma ou outra transição [do FC Porto] dos pés dele, numa primeira ou segunda bola. Sabíamos que iriamos sofrer golos, mas só assim é que poderíamos marcar. Depois do 2-2 tivemos o Pablo na cara do Diogo Costa, ocasião para fazer mesmo o 3-2. Mas mesmo que o fizéssemos não alterávamos o posicionamento da equipa», recordou João Pedro Sousa na análise.

«Na segunda parte, com mais os dois penáltis assinalados, a equipa quebrou fisicamente… e a partir daí o jogo foi todo do FC Porto. Acaba por ser uma vitória justa, talvez por números exagerados. Não vou discutir se os lances em questão foram para penálti ou não: os jogadores é que ficaram no campo a ver o que ia acontecer. Houve uma paragem e quebra grande antes do último penálti. Também houve a quebra emocional, não de não tentar pressionar e recuperar bolas. A entrar em fadiga, fomos errando e fazendo as coisas com muita dificuldade», admitiu o técnico dos famalicenses, que com a vitória do Arouca sobre o Chaves, antes, também neste dia (1-0), viram esfumar-se de vez a possibilidade de um lugar de acesso à UEFA.

«Se tínhamos possibilidades matemáticas de lá chegar, era o que iríamos fazer. Ficámos sem essa possibilidade antes do jogo se iniciar, é verdade, mas, e mesmo agora, ainda podemos subir mais um degrau, trepar mais um lugar e tentar acabar o melhor possível a Liga», concluiu João Pedro Sousa.