Famalicão-Farense, 1-2 Hugo Oliveira: «O jogo fica marcado pela forma como começámos»
Análise à Sport TV do treinador do Famalicão à derrota (1-2) da sua equipa com o Farense
Hugo Oliveira, treinador do Famalicão, não gosto da falta de dinâmica e do receio a mais que a sua equipa teve, na derrota com o Farense. Em declarações à Sport TV, criticou ainda o tempo de descontos (5’) dado pelo árbitro Miguel Nogueira, quando a sua equipa «estava por cima» e à procura do empate que seria «justo»
- Concorda com a análise de Riccieli, que afirmou que a equipa necessitava de estar mais ligada?
«O jogo fica marcado pela forma como começámos, se calhar o que ele queria dizer era sobre a intensidade do jogo que queríamos jogar, logo desde o início com uma intensidade muito mais alta, com uma dinâmica de passe muito mais alta e que iria criar mais dificuldades ao adversário. A verdade é que começámos com demasiado receio de correr riscos e de dar dinâmica ao jogo, quisemos jogar um pouco mais seguros, começámos a ficar receosos sempre que o adversário conseguiu fazer uma transição e a partir do golo que sofremos, tivemos ainda mais receio de o fazer. Depois do intervalo quisemos ir mais, mas o segundo golo trouxe-nos dois golos de diferença, mas mesmo assim fomos lá, com as nossas ideias e perdemos um bocadinho o receio, criamos muito mais situações. Tivemos duas bolas no ferro, mais remates enquadrados e por cima. Quiçá, o empate seria o resultado mais justo, mas mais do que o resultado, aquilo que temos de acreditar é que o nosso jogo é olhar para a frente e hoje teria que ser desde o início de uma forma mais dinâmica.»
- A melhoria coincide com as substituições. De que forma olha para essa mudança que a equipa conseguiu implementar com as substituições?
«Não foram só as substituições. Os jogadores que entraram, entraram bem, mas também temos de perceber os posicionamentos e a dinâmica que tínhamos de dar ao jogo: não podíamos estar tão posicionados, tínhamos de fazer permutas, trocas entre o interior e o extremo para que a bola entrasse de uma forma mais limpa e que nos virássemos para frente. Temos de fazer o jogo da equipa, daquilo que treinamos e esse tem de ser o caminho, que sabemos que temos de fazer e vamos fazer. A verdade é que chegamos ao fim em cima do adversário e próximos de fazer o empate e merecíamos e teríamos de ter mais tempo para jogar. É verdade que cada adversário joga o seu jogo, eu respeito todas as formas de jogar e cada um joga com as suas armas, mas temos de proteger o jogo de futebol que é para ser jogado de uma forma dividida e quando está tantas vezes parado, pelo menos a forma de dar beleza ao jogo e dar oportunidade a quem o quer jogar. E a verdade é que chegar ao fim deste jogo e ter 5 minutos para jogar, para mim é extremamente estranho e não protege aquilo que é o futebol. Isso poder-nos-ia ter dado mais tempo a fazer mais qualquer coisa, mas não vamos encontrar nisso uma desculpa, temos de olhar para nós, temos de fazer muito mais e vamos fazer muito mais e para isso é seguir os caminhos da equipa.»
- Com que sensações é que sai deste primeiro jogo no Estádio Municipal de Famalicão?
«Saio com a sensação de que precisamos muito dos adeptos para jogar com 12, precisamos que estejam do nosso lado quando jogamos a sofrer ou de quando jogamos para celebrar. E temos de ter essa tranquilidade de empurrar o jogo para a frente e os nossos adeptos podem ser muito importantes nisso. Hoje queríamos dar-lhes uma prenda e estes jogadores também mereciam um resultado diferente. A verdade é que os jogos em casa têm de começar a ser os jogos no nosso castelo, na nossa casa, e por isso precisamos de estar protegidos por todos, inclusive pelos nossos adeptos, e eu sei que eles vão ser importantes para esta equipa. Aquilo que eles querem é que a equipa jogue para ganhar e nós temos um ADN que é de jogar para ganhar. E os próximos jogos têm de ser já dessa maneira.»