Rio Ave-Farense, 1-0 Às vezes a melhor defesa torna-se o melhor ataque (crónica)
Centrais Aderllan Santos e Patrick William construíram o golo que ditou o resultado final, num jogo insípido, em que o Farense poderia ter chegado ao empate quase sobre o apito final do árbitro
Era grande a expectativa para se perceber qual o comportamento tanto do Rio Ave como do Farense, duas equipas que entraram a perder no campeonato e necessitavam de uma reação enérgica à estreia nefasta na Liga. Os vilacondenses acabaram por ser premiados pelo labor que tiveram sobretudo na primeira parte, mas se o resultado final tivesse sido um empate não desilustraria perante aquilo que os algarvios fizeram nos 90 minutos, tanto mais que tiveram uma oportunidade soberana de empatar por Dário já na reta final do encontro.
A qualidade de jogo foi fraca de parte a parte, o que se compreende pelo facto de estarmos ainda numa fase embrionária da temporada, com os jogadores a assimilarem processos, em especial os do Rio Ave, que sofreu uma profunda remodelação no plantel, com muitas saídas e entradas.
O golo apontado por Patrick William trouxe alguma serenidade à equipa de Luís Freire, mas os algarvios não acusaram o toque e procuraram sempre visar a baliza de Jhonatan, o que esteve prestes a acontecer num autêntico disparo de Cláudio Falcão.
No segundo tempo, o Rio Ave procurou sempre ter um melhor controlo do jogo, mas nem sempre o conseguiu a preceito, facto que se aproveitou o Farense para se soltar de algumas amarras e tentar através de transições rápidos se acercar com perigo da baliza dos vilacondenses.
Houve claros momentos em que o jogo ficou partido, mas ambas as equipas tentaram, sempre que possível, chegar ao golo. Tiago Morais entrou muito bem no jogo e dinamizou o ataque do emblema da caravela, tendo mesmo nos pés a grande oportunidade que poderia ter dado o 2-0 e acabado naquele momento com as esperanças do Farense levar pontos na bagagem rumo ao sul do país.
José Mota injetou ainda mais adrenalina no ataque com as mexidas operadas e esteve a escassos centímetros de ser bem-sucedido. Num assomo final à grande rioavista, Dário desferiu um potente remate que só foi travado pelo poste de Jhonatan, que se limitou a ver a bola passar. Um enorme susto para os homens da casa, que sofrerem sem necessidade na reta final, muito por culpa de muitas perdas de bolas no meio-campo.