As justificações de Rubiales  em tribunal para o beijo a Hermoso
Luis Rubiales
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As justificações de Rubiales em tribunal para o beijo a Hermoso

INTERNACIONAL04.10.202309:03

O antigo presidente da federação espanhola fez a sua defesa com base no alegado consentimento da jogadora

Luis Rubiales, antigo presidente da federação espanhola, já testemunhou perante um juiz no Tribunal Nacional a respeito do beijo à jogadora Jenni Hermoso nos festejos do Mundial feminino ganho na Austrália em agosto. 

Segundo o diário digital 'El Español', a audiência durou 54 minutos, tempo que Rubiales usou para defender o seu comportamento. 

Foi tão natural como quando ganhas a lotaria, ou acaba a guerra na Ucrânia

Na senda do que sempre disse publicamente, tanto na AG extraordinária em que recusou demitir-se como em posteriores entrevistas, o ex-presidente sustentou que foi «algo natural entre duas pessoas que conviviam há muito tempo». Rubiales já havia dito que foi como beijar uma filha, mas usou novas comparações.

 Não satisfeito com isso, Rubiales fez uma estranha comparação perante o Tribunal Nacional, quando interrogado sobre a questão mais importante: consentimento. O juiz perguntou se houve consentimento do jogador antes do beijo, por altura da cerimónia das medalhas: «Estava a abraçar as jogadoras, o treinador, quando passa ela; vem na minha direção para me dar um abraço; abraçamo-nos, ela levanta-me e eu lembro-lhe que sem ela não teríamos vencido o Mundial. Então pergunto-lhe, pergunto-lhe [se posso dar o beijo]. E ela diz ok. Ela agarra como pode, eu a ela pronto. Dois ou três minutos depois, todos me levantaram. E nesse momento não vou dizer que não me devem tocar - com licença – no rabo, nos joelhos ou nas costas. Tínhamos ganhado um Mundial, sentíamos enorme euforia, uma alegria indescritível», declara.

«Foi tão natural como quando ganhas a lotaria, ou acaba a guerra na Ucrânia, ou ganhas um Mundial. Há uma efusividade, uma espontaneidade. Ela mesma o disse, disse que estava tudo bem", acrescentou Rubiales, falando em «consentimento e respeito».