Arábia Saudita de olho no CEO do Casa Pia

Trabalho de Tiago Lopes, principal administrador dos gansos, impressionou o Grupo PIF, detentor de Newcastle, Al Hilal e Al Nassr, entre outros; resultados e desportivos em Pina Manique continuarão a ser acompanhados e pode motivar uma proposta no futuro

O contingente de portugueses no mercado da Arábia Saudita no que corresponde às mais diversas áreas tem crescido consideravelmente e pode continuar a seguir essa linha: em comum, os internacionais Cristiano Ronaldo e Otávio, os treinadores Jorge Jesus e Luís Castro ou o administrador Domingos Soares de Oliveira têm o facto de estarem contratualmente ligados ao multimilionário Grupo PIF.

O fundo de investimento pertencente ao governo da Arábia Saudita, que é detentor dos quatro maiores clubes do país - Al-Ahli, Al-Nassr, Al-Hilal e Al-Ittihad, e que é igualmente conhecido por ser proprietário do Newcastle, de Inglaterra, continua a apetrechar-se e, num futuro próximo, poderá contar com mais um português no seu elenco. Neste caso, contratando no…Casa Pia, mais precisamente o seu CEO.

A prestigiada rádio francesa RMC deu conta de um interesse do Grupo PIF em Tiago Lopes para integrar a gestão de um dos clubes do seu leque, impressionado pelo trabalho que tem desempenhado no emblema de Pina Manique, no principal escalão do futebol português. A BOLA confirmou que essa situação corresponde à verdade e que Tiago Lopes já foi, inclusivamente, informado pelo fundo de investimento saudita que está no radar.

Com efeito, ainda não foi formulado qualquer convite oficial ao responsável máximo pelo Casa Pia, que já tomou conhecimento sobre uma monitorização por parte do Grupo PIF relativamente ao seu trabalho e que o seu CV causou muito boa impressão. O dirigente português é formado em gestão desportiva na Faculdade de Motricidade Humana e é possuidor de um background que vai muito além do Casa Pia.

No passado, Tiago Lopes trabalhou diretamente com o compatriota Carlos Queiroz, integrado na estrutura do lendário Alex Ferguson no Manchester United, tendo há mais de duas décadas sido o responsável pela implementação da Manchester United Schools em Portugal. Seguiu-se uma passagem pelo Benfica, como CBO (Chief Business Officer), trabalhando essencialmente no mercado norte-americano para os encarnados.

Nessa passagem, o atual CEO casapiano trabalhou para Domingos Soares de Oliveira, que se notabilizou no Benfica e rumou à Arábia Saudita para se tornar administrador do Al-Ittihad, um dos clubes pertencentes ao Grupo PIF, o que reforçou a sua posição profissional nos EUA, de onde se fez acompanhar, há cerca de três anos, pelo empresário Robert Platek na constituição de uma SDUQ no Casa Pia.

Ao lado de Platek, detentor de um grupo económico detentor de outros clubes parceiros como o La Spezia, de Itália, a partir de onde chegou a receber reforços, ou o SonderjyskE, da Dinamarca, onde recrutou o defesa central Duplexe Tchamba, que se encontra integrado no atual plantel, Tiago Lopes vem desenvolvendo um trabalho sustentado com presenças consistentes do Casa Pia no principal escalão do futebol português, com descoberta de valores e a potencialização de mais-valias.

Transferências como as de Saviour Godwun, rumo ao Al-Okhdood, da Arábia Saudita, ou de Clayton, para o Vasco da Gama, impressionam grupos poderosos como o PIF, que continuarão a seguir de perto o trabalho de Tiago Lopes em Pina Manique. Assim, a sua continuidade imediata não estará em causa, antes pelo contrário: a continuidade dos bons resultados desportivos e financeiros no Casa Pia poderá, mais tarde, valer-lhe o salto.

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