Adeptos do Man. United vão perder o seu lugar: «Eu já cá estava antes de vocês nascerem!»
Cerca de 500 adeptos dos 'red devils', incluindo Michael Carney, de 81 anos, vão perder os seus lugares em Old Trafford para a direção do clube substituí-los por... lugares premium
A direção do clube decidiu remover os assentos em torno dos setores da equipa da casa e dos visitantes, e substituí-los por lugares premium para convidados, de forma a obter financiamento adicional. Estes lugares em Old Trafford estão localizados perto do relvado, gerando assim maiores receitas.
No entanto, isto significa que vários adeptos, cerca de 500, incluindo Michael Carney, de 81 anos, vão perder os seus lugares, a partir da próxima época. No dérbi de Manchester contra o City, Carney trouxe um cartaz feito à mão, que exibiu em direção à direção do clube durante o jogo. Nele lia-se: «Eu já cá estava antes de vocês nascerem» e «Setenta e quatro anos de apoio leal. E para quê?»
O adepto de longa data ocupava o mesmo lugar desde 1980. Anteriormente, tinha um lugar na bancada que era conhecida como United Road, hoje chamada Bancada Sir Alex Ferguson. Viu gerações de jogadores de topo chegarem e partirem: os Busby Babes, George Best, Sir Bobby Charlton, Denis Law, Cristiano Ronaldo e Wayne Rooney. O clube é a sua vida, mas agora sente que lhe estão a virar as costas.
«Depois de tantos anos, é muito triste. Eu tenho sido leal a eles, em todas as fases de futebol, mas eles não o foram a mim. Eles não sabem o que essa palavra quer dizer», explicou frustrado numa entrevista à BBC. Apesar disso, o adepto dos red devils compreende por que o clube quer vender o seu lugar. «São lugares fantásticos. O meu fica exatamente a meio-campo, entre o banco dos jogadores e o camarote presidencial», reconhece.
Michael Carney recebe regularmente e-mails com pedidos para vender o seu lugar. Há pessoas dispostas a pagar entre 250 e 300 libras. No entanto, o seu protesto durante o jogo contra o rival da cidade não passou despercebido. Será recebido pela direção do clube, embora a possibilidade de manter o seu lugar não esteja em cima da mesa.
«A minha primeira reação foi: 'Acompanho-os há tanto tempo e agora tudo se resume a dinheiro. Não quero ir para a próxima época'. Talvez seja esse o caso, mas o Manchester United foi uma grande parte da minha vida durante todos estes anos», admitiu.