Adán recorda passagem pelo Sporting: «Portugal é uma grande montra»

Guarda-redes esteve em Alvalade durante quatro épocas

Adán deixou o Sporting no fim da época passada. Em entrevista ao AS, o guarda-redes, que representou os leões durante quatro épocas, recordou a passagem por Alvalade.

«Quando cheguei eram 19 anos sem ganhar o campeonato. E sem levantar dois títulos de forma tão seguida há muito tempo. Graças a estes quatro anos o clube tornou-se financeiramente mais saudável. As vendas de Nuno Mendes, Matheus Nunes, Pedro Porro… Fez-se muito dinheiro com as qualificações para a Europa. Portugal é uma grande montra. É verdade que Jorge Mendes tem o seu papel em muitas operações», começou por referir, revelando que teve a oportunidade de rumar ao Sporting ainda antes de trocar o Bétis pelo Atlético Madrid, em 2018/2019.

«Antes de ir para o Atlético tive a oportunidade de fechar contrato com o Sporting. Naquela época, o clube estava com mudanças de presidentes, problemas fora de campo. Depois quando cheguei era um projeto novo, o presidente estava há um ano e meio, o treinador [Rúben Amorim] era um tipo jovem que queria mudar aquilo. A minha dúvida era o Maximiano, que agora está no Granada, que era a aposta. Mas desde o primeiro dia que confiaram muito em mim e podia ter jogado noutro clube em Espanha, mas queria uma equipa, mesmo que fosse no estrangeiro, em que tivesse a possibilidade de ganhar títulos e competir na Europa. Acertei, porque o que conseguimos naquele primeiro ano foi espetacular. Não só o título da liga, também as taças e foi considerado o melhor guarda-redes do campeonato. Ia para dois anos e acabei por ficar quatro», atirou.

Adán está totalmente recuperado e falou sobre o processo de saída de Alvalade: «Estou totalmente recuperado. Já em Lisboa fizemos treino de campo, houve algumas limitações porque já não era necessário correr riscos. Nos quatro anos joguei praticamente tudo. O normal é que tivesse jogado tudo até o final da temporada, mas veio a lesão. E também a situação contratual, onde tinha que cumprir uma série de partidas para renovar automaticamente. Creio que tinham outro pensamento de apostar em jogadores mais jovens e entendo que não queriam que passasse de jogar sempre para estar no banco. Falamos entre todos e decidimos que era melhor finalizar essa etapa.»