Palmeiras Abel queixa-se de «três adversários»: «Não acham que é sofrimento a mais vir jogar a esta altitude?»
O Palmeiras estreou-se na Taça Libertadores com derrota. A equipa de Abel Ferreira foi a La Paz, na Bolívia, perder com o Bolivar por 1-3, depois de ter estado a vencer, com o treinador a apontar a altitude (3600m) e o árbitro como fatores determinantes num jogo em que poupou os titulares, já a pensar na final do Paulistão, no domingo.
O treinador questionou os critérios do árbitro venezuelano Alexis Herrera e disse que a equipa nunca se sentiu bem em La Paz, ele incluído, pelo que o Palmeiras acabou por ter «três adversários pela frente».
«É verdade que tivemos dificuldades, mas não foi só a altitude. Entrámos muito bem no jogo, tínhamos uma estratégia muito bem traçada. Fizemos o primeiro golo, poderíamos ter feito o segundo antes de termos sofrido. Depois cometemos erros que temos de corrigir. É muito difícil conseguirmos correr atrás de um adversário que está habituado a jogar aqui. Estávamos à espera de dois adversários: o Bolívar e a altitude. O terceiro não estávamos à espera», apontou, destacando falta de critério numa falta dura que obrigou à saída do seu jogador Mayke:
«O árbitro foi tão rigoroso nos primeiros minutos, todas as faltas que meus jogadores faziam ele marcava. E foi isso que disse ao árbitro assistente. Foi tão rigoroso nos primeiros minutos que estava à espera que ia marcar mais, mas não teve o mesmo critério. No caso do Jailson [expulso] não deu para ver se bateu na mão e mesmo assim deu vermelho, deveria ter feito isso no lance do Mayke. Peço que ele vá ver como está o pé do Mayke.»
Abel Ferreira queixou-se de dores de cabeça desde a chegada a La Paz, mas aproveitou também para comentar o calendário. «Estava hoje no hotel e um hóspede estava a dizer como era possível vir jogar aqui com esta altitude. Não acham que é sofrimento a mais? Não sou eu que organizo, infelizmente a Conmebol só lançou o calendário uma semana antes e tivemos de organizar a viagem aos pontapés. Eu tenho de ficar calado, não posso dizer tudo aquilo que penso sobre a organização dos eventos. Há coisas que preciso aceitar como todos os outros fazem, sempre foi assim e vamos continuar assim. Não saímos com ponto nenhum, negativa pelo resultado, mas positiva por um plantel que aposta em jovens.»