Abel fala de Ronaldo, Pepa, dos relvados e aborda interesse do Nice

Palmeiras Abel fala de Ronaldo, Pepa, dos relvados e aborda interesse do Nice

INTERNACIONAL27.04.202309:51

Abel Ferreira falou sobre o alegado interesse do Nice, de França, na sua contratação, depois de o Palmeiras de qualificar para os oitavos de final da Taça do Brasil – empatou 1-1 com o Tombense na segunda vitória depois de 4-2 na primeira mão.

«As pessoas têm de falar comigo, o que diz a imprensa... Tenho contrato com o clube, estou onde quero estar, estou onde querem que eu esteja e é isso que me preocupa. É o aqui e o agora. Agradeço esse reconhecimento que vem. Sou um treinador de projeto, sabemos que futebol é dinâmico, mas estou em um grande clube, sou muito bem reconhecido e gosto de fazer o que faço. Isso é que me interessa, o aqui e o agora, e o meu clube que é o Palmeiras», resumiu.

O treinador aproveitou para agradecer os elogios de Ronaldo Fenômeno, dono do Cruzeiro, que disse num programa de TV que o treinador do Palmeiras é «muito, muito bom»: «Agradeço o reconhecimento, algo que li do Ronaldo Fenômeno, e são palavras que me enchem de orgulho pois é alguém que passei a admirar, sei de quem vem. Sei o quanto ele sofreu e vindo dele é um orgulho e respeito muito grande, mas isso é fruto dos meus jogadores. Tudo o que consegui desde os juniores do Sporting devo à minha equipa técnica e aos meus jogadores.»

Também Pepa, conterrâneo, lhe deixou elogios: «Essa é uma pergunta perigosa, tenho de ter cuidado com aquilo que digo. Aqui a imprensa é muito exigente e tenho de ter cuidado. É um grande treinador, conheço muito bem o processo de formação dele, é outro treinador que ninguém lhe deu nada. Tem uma história de vida inspiradora, mas para mim é igual enfrentar um português, argentino, paraguaio, brasileiro. Continuo a dizer que competência não tem nacionalidade. Quando nos encontrarmos cada um vai dar o melhor de si, como aconteceu com o Vítor Pereira, com o Luís Castro. Temos muito respeito por todos, com os portugueses tenho um sentimento de partilha, não falei com ele, mas os membros das equipas técnicas conversaram.»

Abel Ferreira falou ainda do calendário sempre complicado – vai ter 9 jogos num mês – e da necessidade de rodar a equipa, o que por vezes gera exibições menos conseguidas. «Há jogadores que jogaram hoje e jogarão sábado, outros que não jogaram e vão jogar... a temporada é longa, temos tido muitas lesões e no final do jogo fiquei um pouco triste por um jogador que se pode ter lesionado, temos de avaliar. Isso é o que me preocupa, não vos preocupa a vocês: relvados, viagens, chegar em casa às três da manhã. Três dias de jogar [sábado] teremos de viajar para o Equador, não sei até lá como a nossa equipa vai reagir. Isso é um padrão aqui, há 50 anos que é assim.  Na Fórmula 1, se chover muito não há corrida, no Moto GP se chover muito não há corrida. No ténis, se começar a chover muito param o jogo... porquê? As condições do terreno são fundamentais para o espetáculo. Enquanto for treinador aqui vou fazer essa crítica construtiva, temos de continuar a ter as equipes em condições para dar espetáculo. Já no SC Braga, no Sporting, no PAOK me queixava. Não estou dizendo que o futebol brasileiro não é competitivo ou não tem qualidade, mas poderia melhorar muito se todos os dirigentes não ficarem sentados no seu espaço.»