Iván Jaime a agitar, mas foi Varela o cérebro das operações (destaques)
Alan Varela em despique com Buatu, central do Gil Vicente (GRAFISLAB)

FC Porto-Gil Vicente, 3-0 Iván Jaime a agitar, mas foi Varela o cérebro das operações (destaques)

NACIONAL10.08.202422:51

Espanhol está de pé quente e voltou a marcar. Galeno a lateral voou pelo lado esquerdo, Martim usou as células cinzentas, mas na base da exibição coletiva esteve o argentino

7 Alan Varela

Laborioso, com critério de qualidade a distribuir bola que se tornou marca registada do argentino. O início da construção de jogo começou várias vezes nos seus pés e a partir daí o FC Porto – em velocidade moderada, é certo – reclamou como seus os domínios gilistas. Recuperação preciosa para o segundo golo de Iván Jaime e aquele passe para Nico, no segundo penálti cometido por Andrew, foi de outro mundo, senhores! Sem ter marcado qualquer golo, foi o cérebro de toda a operação montada por Vítor Bruno para atrair o adversário para o abismo. Apelidá-lo de trinco é redutor, é bem mais do que isso, é um jogador que consegue ser agregador e que estimula toda uma equipa.

6 Diogo CostaSem trabalho até ao intervalo, mas logo a abrir a 2.ª parte estava atento para agarrar bola disparada por Maxime. E foi isto, resumidamente. Um centro longo ainda o tirou do sério, com a defesa a ver a bola passar.

7 Martim Fernandes – Titular, como se esperava, mas na direita, destronando João Mário. Impressionante a queimar quilómetros e a qualidade do último passe deu o que fazer à defensiva gilista. Sem precisar de ter vertigem, usou as células cinzentas para servir Galeno e Gonçalo Borges em remates com potencial de perigo.

6 Zé PedroAguirre deu que fazer (mais a Otávio) pelo seu poderio físico a jogar de costas para a bola. Esteve sempre atento às compensações, deitando um olho às investidas por dentro de Félix Correia e Fujimoto. Seguro, no geral, assimilando bem as coordenadas de ataque dos minhotos.

6 OtávioCelebra os cortes como se fossem golos. Já no espaço aéreo não tem muito que celebrar, as deficiências continuam lá, embora não tenham sido devidamente exploradas por um adversário cuja principal referência ofensiva (Aguirre) também não era um ás pelo ar. No final, forçou Andrew a bela defesa.

7 GalenoComeçou o jogo como acabou a final da Supertaça: a lateral-esquerdo, mas com fortíssima projeção ofensiva, porque teve corredor praticamente. Um primeiro remate ao seu estilo, por cima da barra (25), serviu de aperitivo para a conversão do penálti que colocou os dragões em vantagem ao intervalo. Andrew ainda adivinhou o lado mas a bola entrou colocada.

6 EustáquioO bom desempenho na Supertaça valeu-lhe entrada direta no onze. É outra loiça quando comparado a Grujic, sobretudo no que toca à coesão que dá ao meio-campo, e à intensidade na disputa das bolas. Saiu aos 61, cedo, para a entrada do intrépido Vasco Sousa.

6 Gonçalo BorgesPropenso a um certo exagero nos floreados, ganharia mais em simplificar processos e em ganhar mais verticalidade. Aos 23’, bom cruzamento para cabeceamento perigoso de Nico, pouco depois um pontapé na atmosfera na área dos galos. Mas, lá está, num segundo conseguiu marcar a diferença num belo passe para a finalização de Iván Jaime. Saiu logo a seguir, rendido por Pepê.

7 Nico GonzálezImportante na história do jogo pela pressão exercida sobre Buatu no penálti cometido pelo central e ao ganhar a outra grande penalidade num soberbo controlo de bola, forçando Andrew a derrubá-lo. A deambular entre a esquerda e o meio, confundindo as marcações do adversário. Deu muito de si, o espanhol.

5 NamasoMuito bem convertido o penálti que deu o 3-0 ao FC Porto. Um momento para elevar a sua autoestima, porque no que toca à exibição ela foi, globalmente, apagada e sem muito rasgo. Antes, aos 40’, remate de cabeça que saiu dócil para as luvas de Andrew.

7 Iván JaimeNa 1.ª parte teve um primeiro remate intercetado por um adversário, à segunda tentativa não perdoou. Apareceu na carreira de tiro livre de marcação, sem espartilhos, a injetar poderoso pontapé. A jogar da esquerda para dentro, encontrou a felicidade num desses movimentos em que passou despercebido à muralha defensiva dos galos.

5 Pepê – Deu ainda mais vida ao lado direito. Muito aplaudido pelos adeptos.

5 Vasco Sousa – Vítima de uma entrada muito dura que custou o segundo amarelo a Sandro Cruz. Entrou como só ele sabe, a pedir bola, a expor-se ao jogo sem medo.

5 Fran Navarro – Aparecer com promessa de golo, aos 85’. A bola saiu por cima.

- André Franco – Entrou aos 83’. Sem grandes apontamentos.

- Evanilson – Outro regresso muito saudado no Dragão. Pouco tempo para fazer a diferença.