Carga policial aconteceu a meio da primeira parte do clássico com o Benfica, no Estádio do Dragão, e agentes da força especial da PSP chegaram mesmo a utilizaram balas de borracha para controlar os ânimos
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«Intervenção policial abusiva» no clássico, diz a APDA

NACIONAL07.04.202517:00

Associação Portuguesa de Defesa do Adepto exige investigação ao sucedido nas bancadas do Dragão

A Associação Portuguesa de Defesa do Adepto (APDA) emitiu um comunicado através das redes sociais, esta segunda-feira, sobre a carga policial que teve lugar no clássico de domingo no Dragão, nomeadamente na zona destinada à claque Colectivo Ultras 95, afeta ao FC Porto.

«Exigimos que a Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) e outras entidades competentes investiguem esta actuação e que sejam apuradas responsabilidades. Não podemos aceitar que a segurança dos adeptos seja posta em risco por intervenções policiais desajustadas e abusivas», lê-se, numa publicação que relata ainda «o disparo à queima roupa contra uma multidão», o que «contraria os padrões de actuação estabelecidos para a contenção de distúrbios, podendo configurar abuso de autoridade.»

O comunicado da APDA

«A Associação Portuguesa de Defesa do Adepto manifesta a sua profunda preocupação e indignação face aos acontecimentos registados no jogo entre o FC Porto e o SL Benfica, realizado no Estádio do Dragão. Durante o evento, um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) disparou munições não letais contra adeptos a uma distância extremamente curta, cerca de um metro, numa acção desproporcional e perigosa. Acabou por acertar aleatoriamente em dois cidadãos.

Esta conduta não só coloca em risco a integridade física dos adeptos como viola normas legais e regulamentares que orientam a actuação policial. O uso da força pela PSP deve obedecer aos princípios da necessidade, proporcionalidade e adequação. O Regulamento Disciplinar da PSP e os protocolos de intervenção em eventos desportivos exigem que os agentes empreguem meios não letais apenas como último recurso e em conformidade com directrizes operacionais que garantam a segurança de todos os presentes.

O disparo à queima roupa contra uma multidão contraria os padrões de actuação estabelecidos para a contenção de distúrbios, podendo configurar abuso de autoridade e uso excessivo da força. Além disso, a directiva interna da PSP proíbe expressamente o uso de armas de fogo (incluindo munições não letais) em situações de alteração da ordem pública, excepto em cenários de perigo iminente e incontrolável.

Exigimos que a Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) e outras entidades competentes investiguem esta actuação e que sejam apuradas responsabilidades. Não podemos aceitar que a segurança dos adeptos seja posta em risco por intervenções policiais desajustadas e abusivas.

O futebol deve ser um espaço de festa e convivência, e as forças de segurança têm o dever de garantir a proteção de todos os envolvidos, sem recorrer a práticas que possam colocar vidas em perigo.

Já que os clubes que deviam representar os adeptos pouco fazem, nós continuaremos firmes a lutar pelos direitos dos adeptos nos recintos desportivos.»

Sugestão de vídeo:

Excessos dos encarnados a meio da primeira parte do clássico no Dragão
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