Destaques do Sporting: Hjulmand, Gyokeres e Diomande, os homens que vieram do frio
Hjulmand, Foto SÉRGIO MIGUEL SANTOS/ASF

Liga Destaques do Sporting: Hjulmand, Gyokeres e Diomande, os homens que vieram do frio

NACIONAL17.09.202323:25

Nórdicos e costa-marfinense que viveu na Dinamarca fizeram a história de um jogo (3-0) que se simplificou na segunda parte

MELHOR EM CAMPO: HJULMAND (8)

Custou a contratar, mas mostra rapidamente a sua raça! Que jogo, pleno de qualidade ofensiva, a alinhar num meio campo de qualidade incrível com Morita. O mais de Hjulmand, aquilo que o distinguiu foi, no entanto, a capacidade de visar a baliza e de muito longe foi capaz de fazer a diferença. Na primeira parte deu aviso, bola com estrondo no poste da baliza de Kewin, na segunda já nada havia a fazer por parte do guarda-redes do Moreirense, perante bola tão forte e rasteira. Hjulmand jogaria bem mesmo sem o golo, mas com o golo que acabou com a ansiedade do leão mostrou que há uma nova arma em Alvalade. E que ataca de longe.

Adán (5) — Lance delicado aos 50’, pois saiu para resolver um problema fora da sua grande área e acabou por entregar a bola e vê-la passar ao lado do poste da baliza deserta, depois de chocar com André Luís. Outro susto grande na primeira parte, com bola de André Luís ao ferro. O resto foi tranquilo.

Diomande (7) — Estava nas calmas, à espera que o jogo acabasse, quando de um pontapé de canto apareceu uma bola mesmo boa para marcar. E não ia deitar fora aquela oportunidade, ele que viveu na Dinamarca e não estranhou esta descida de temperatura acompanhada por chuva.

Coates (6) — Jogo relativamente calmo para o capitão leonino, tanto em termos defensivos, como ofensivos. Só se deu por ele quando apareceu estatelado na área do Moreirense, já na segunda parte.

Gonçalo Inácio (7) — Seguro e atento em termos defensivos, mostrou-se disponível para ajudar lá à frente, como se viu no belo passe para Nuno Santos antes do 2-0.

Esgaio (6) — Atacou muito na primeira parte e até introduziu a bola na baliza do Moreirense, mas havia fora de jogo, por míseros cinco centímetros. Acabou por sair a sensivelmente um quarto de hora do final, mas para descansar, dado que o desgaste já lá estava.

Um luxo ter Morita a meio campo

Joga e faz jogar, finaliza e aparece a organizar o jogo do Sporting, uma das unidades em melhor forma na equipa.

Morita (8) — Que maravilha de jogo do japonês! Depressa apareceu a levar o perigo à baliza do Moreirense e logo por duas vezes! Ao minuto 14 surgiu ao segundo poste, à primeira acertou no ferro, na recarga acertou em Kewin. Este duelo não ficaria por ali, dado que ainda na primeira parte voltou a tentar a sorte, de muito longe, para nova bela defesa do guardião do Moreirense. Morita nunca baixou a qualidade do seu jogo, mesmo a ganhar.

Nuno Santos (7) — Estava com vontade de marcar e foi mais uma das 'vítimas' de Kewin. Disparou forte, o guarda-redes defendeu, mas também disparou forte e para fora noutra ocasião. Desmarcou-se e cruzou na perfeição ao minuto 61 para o golo de Gyokeres, foi quase como se tivesse ido lá levar a bola à mão.

Pedro Gonçalves (6) — Não jogou mal, nem perto disso, e andou sempre a rondar a baliza do adversário, mas por uma razão ou por outra a bola não quis fazer-lhe a vontade. 

Gyokeres continua a confirmar toda a sua qualidade

Mesmo muito marcado pelos adversários, trabalha bem com a bola e não pensa apenas em si e na baliza, também sabe servir.

Gyokeres (8) — Um caso sério este sueco, mesmo quando não marca golos. Terminou a primeira parte sem alimentar a conta pessoal, mas já jogava bem, apesar de muito pressionado pelos adversários, já avisados para a sua qualidade. Boa capacidade para prender a bola, para retê-la até que apareça alguém mais bem posicionado, assim foi em lance em que trabalhou bem na área do Moreirense e depois saiu para servir Hjulmand. No segundo tempo, então sim, começou a disparar. E de que maneira! Começou por atirar de cabeça ao primeiro poste, bola ligeiramente ao lado, depois de uma má receção na área do Moreirense até saiu assistência perfeita para Hjulmand, aos 61’, então sim, a fazer o gosto à cabeça. O merecido golo, que até poderia ter repetido em duas ocasiões mais. Sueco, noite fria, check.

Marcus Edwards (5) — A peça menos inspirada do ataque leonino, talvez ainda à procura do seu ritmo, do seu espaço nesta equipa do Sporting. 

Paulinho (5) — Vontade de marcar não lhe faltava e teve tempo para acertar na trave e ainda falhar de forma menos azarada. Tinha tudo para fazer o seu golo... 

Matheus Reis (5) — O jogo estava bom e foi só manter a nota. 

Geny Catamo (5) — Pouco tempo, participação num golo, nada mal. 

Trincão (-) — Ainda fez uma tentativa, mas a bola encontrou gente pelo caminho e não chegou onde mais gostaria, à baliza.   

Daniel Bragança (-) — Entrou tarde, sem tempo para aquilo que precisa, ganhar minutos e competição, um lugar na equipa.