Tal como em Lisboa a 8 de setembro, também em Glasgow o primeiro sinal de perigo foi escocês, num lance desenhado por Che Adams e que culminou com remate ao lado de McTominay. Decorria o minuto 3’. E logo depois, mais um sério aviso à navegação lusitana, por via do cabeceamento junto à pequena área, protagonizado, novamente, por McTominay, o tal que, na Luz, deu vantagem à Escócia logo aos 7’. A Escócia entrava sem medo, Portugal tentava sacudir a pressão e conseguiu-o à passagem do oitavo minuto, por Cristiano Ronaldo, cujo remate cruzado obrigou o veterano (ainda mais veterano do que CR7) guarda-redes escocês, Craig Gordon, de 41 anos, a trabalho-extra. Martínez operou seis alterações no onze em relação à Polónia e isso notou-se em algumas dificuldades de organização e dinâmicas algo irregulares de Portugal, algo natural perante tantas mudanças. Ainda assim, a Seleção Nacional, com exceção para os minutos iniciais, está confortável no jogo, dominante e mais perigosa do que a Escócia. Nota negativa, até agora, para o pouco caloroso e muito silencioso público escocês, o que nada contribui para animar um pouco o futebol algo sonolento que se vai jogando no relvado. Que a segunda parte seja um pouco mais eletrizante é o desejo geral.
O jovem árbitro belga vai fazendo o uso do apito muitas vezes, mais do que as necessárias sem dúvida, o que vai irritando não só portugueses mas também escoceses, bem mais habituados a jogos com intensidade sem tanto «piiiiiii» nos ouvidos. Ronaldo levanta os braços, protesta, começa a estar no limite de ver um cartão amarelo. Entretanto, saíram para aquecimento no Hampden Park os primeiros jogadores portugueses: Dalot, Trincão, João Neves, Otávio e Renato Veiga.