Antevisão Portugal-Polónia: vamos lá, rapazes! Falta só um ponto...

Empate com os polacos é suficiente para garantir já hoje o apuramento para os quartos de final da Liga das Nações, ao mesmo tempo que permite ir à Croácia «continuar a crescer como equipa», como Martínez tanto deseja. Ausências de peso obrigam a mudar

Um ponto é o que Portugal precisa para garantir a qualificação para os quartos de final da Liga das Nações. Para alcançar esse primeiro objetivo tem duas oportunidades nesta dupla jornada final do grupo A1, a primeira esta noite com a Polónia, no Dragão, e a derradeira na segunda-feira, em Split, na Croácia. Mas, como o melhor é não deixar para amanhã o que se pode fazer hoje, então que seja já que a meta seja cortada pela Seleção Nacional. Até porque atingir o objetivo neste duelo com os polacos pode permitir dar lugar aos novos no último encontro e «continuar a crescer como equipa», desejo maior do selecionador Roberto Martínez.

Há, porém, um problema — se pequeno ou se grande, hoje se verá — neste preciso instante a afetar a equipa das quinas: as ausências de nomes de peso, donos das respetivas posições e influentes como poucos nos processos e nas dinâmicas de Portugal. Em particular, as ausências, todas por lesão, de Rúben Dias, Rúben Neves e Diogo Jota, aos quais se juntaram, por semelhantes infortúnios, de João Palhinha, Matheus Nunes e Pedro Gonçalves, numa onda que, todavia, também assolou a Polónia, desde logo a sua maior estrela, Robert Lewandowski, do Barcelona, e também Frankowski (Lens) e Ameyaw (Raków Czestochowa).

«Um desafio que permitirá conhecer novos jogadores», atira Martínez que. contudo, não deverá deixar de ser, como habitualmente, conservador na hora de escolher o onze.

Perante as lesões, o selecionador nacional chamou apenas Samu Costa, que dificilmente iniciará o encontro desta noite. Assim, as grandes questões passam pelo centro da defesa e pelo meio-campo. À luz do que têm sido as opções do treinador espanhol, António Silva substiuirá Rúben Dias, não sendo de descurar que essa posição seja ocupada por Tomás Araújo, no que seria uma estreia; e Renato Veiga poderá merecer de novo a confiança que lhe valeu a primeira internacionalização em Varsóvia no mês passado (Portugal venceu por 3-1) e na posição de central.

Isto se o jogador de 21 anos do Chelsea não for o escolhido para a posição de trinco, podendo jogar como defesa-central canhoto... Nuno Mendes; e, nesse caso, outra estreia à vista para esquerda, a de Nuno Tavares, protagonista de fantástico início de temporada na Lazio.

Ainda assim, dos muitos cenários possíveis, o mais provável é que a dupla de centrais seja composta por António Silva e Renato Veiga, ficando a missão de trinco à responsabilidade de Vitinha, com  Bernardo Silva e Bruno Fernandes na ligação ao trio atacante.

Cristiano Ronaldo, Bernardo Silva e Bruno Fernandes numa 'rodinha' de estrelas (foto Imago)

Bernardo pode, até, ser um dos elementos da linha mais ofensiva, caso Otávio seja a escolha para o miolo, ou, até, João Neves que tão bom entendimento revela com Vitinha no PSG, no qual é constante opção para o onze inicial por parte de Luis Enrique.

Se Bernardo avançar, poderá ser Pedro Neto a cair, mas também este cenário não aparenta ser o mais provável, pelo que na esquerda e na direita de Cristiano Ronaldo deverão mesmo estar Rafael Leão e Neto, respetivamente.

Vamos lá, então, a isto rapaziada! É conquistar um (ou três) pontos já hoje com a Polónia, garantir o apuramento para os quartos de final e deixar lugar a testes e experiências para a Croácia.