Orgulho nos jogadores, o recorde que Quenda não bateu e as lesões: tudo o que disse Martínez
PAULO NOVAIS/EPA

Croácia-Portugal, 1-1 Orgulho nos jogadores, o recorde que Quenda não bateu e as lesões: tudo o que disse Martínez

SELEÇÃO18.11.202423:02

Portugal empatou na Croácia (1-1) na despedida da fase de grupos da Liga das Nações

SPLIT - Roberto Martínez analisou, na sala de imprensa do estádio Poljud, o empate entre Croácia e Portugal em Split (1-1), esta segunda-feira, no derradeiro jogo da fase de grupos da Liga das Nações.

— Como avalia a exibição de Portugal frente à Croácia?

— Controlámos a bola na primeira parte e sabíamos que a Croácia ia ser um adversário difícil a jogar em casa. Na segunda parte, sofremos um golo, houve algumas situações, mas também tivemos oportunidades. Só sinto orgulho nos jogadores. Vimos o que é Portugal no aspeto da formação de jogadores. Apesar de termos oito ou noves jogadores de foras, tivemos um desempenho de alto nível. Acho que o empate é um resultado justo. A Croácia teve boas oportunidades, mas nós fizemos uma boa primeira parte.

— Apesar de ter sido convocado, Geovany Quenda voltou a não somar qualquer minuto, pelo que não bateu o recorde de jogador mais jovem de sempre a representar Portugal

— O Quenda não está aqui para bater recordes, está aqui para ser um jogador importante para a seleção. É um jogador muito diferente, que vai ajudar-nos muito. Muito mais importante para o Quenda é que possa fazer 100 ou 150 jogos pela Seleção, não o momento da estreia.

— Esta noite promoveu três estreias na Seleção Nacional (Tomás Araújo, Tiago Djaló e Fábio Silva). Como avalia o desempenho dos três jogadores num terreno difícil?

— Estamos a falar de jogadores muito diferentes. Gostei muito da personalidade do Tomás Araújo, é um jogador incrível. Mostrou personalidade e qualidade para o futuro. O Tiago Djaló entrou num momento difícil, numa posição diferente, mas gostei muito. O Fábio Silva é um jogador diferente dos restantes avançados, como o Cristiano Ronaldo, o Gonçalo Ramos ou o Diogo Jota. Tem umas valências interessantes para nós. Gostei muito do estágio, não é fácil utilizar muitos jogadores e manter o nível da equipa, como vimos sobretudo na segunda parte com a Polónia e na primeira com a Croácia.

Tomás Araújo saiu do relvado com muitas queixas na zona da coxa esquerda e Nuno Mendes também saiu lesionado. São lesões preocupantes?

— O Tomás Araújo sofreu uma pancada e ficou com uma dor forte na perna, mas não é uma lesão importante. Quanto ao Nuno Mendes, foi só uma dor no tornozelo. Não são lesões importantes.

Portugal apresentou um sistema de três centrais na Croácia, algo que já não acontecia desde o jogo com a Geórgia no Europeu. Com tão pouco tempo de treino, pensa que este esquema tático pode ser utilizado de forma constante?

— É importante sermos flexíveis taticamente. Jogámos com uma linha de cinco contra a Polónia, a polivalência dos jogadores permite isso se não utilizarmos três centrais. O Dalot pode jogar numa posição interessante sem bola. Vimos o Pedro Neto jogar numa posição sem bola que ajuda numa linha de cinco... Hoje mudámos, utilizámos o Cancelo por dentro. Precisámos de procurar a estrutura melhor para os jogadores que temos, não o contrário. Não queremos fazer com que os jogadores fiquem rígidos numa estrutura tática. Fazemos isso em todos os jogo e é importante poder ter isso nesta competição e nas grandes competições.