5 julho 2024, 22:56
Pela primeira vez na carreira, Ronaldo termina uma fase final sem marcar
Avançado do Al Nassr ficou em branco nos cinco jogos de Portugal no Euro 2024
Portugal confirmou favoritismo, mas exibições não foram tão convincentes assim. Há boas notícias no que toca ao pós Pepe e começa a ser difícil ver Vitinha no banco
Portugal fechou na segunda-feira, em Split, uma campanha sem sobressaltos na Liga das Nações. Confirmou na prática aquilo que estava escrito no papel, ou seja, favoritismo claro sobre seleções que estão em realidades diferentes do nosso a nível europeu. Até mesmo a Croácia, medalha de prata no Mundial da Rússia (2018) e de bronze no Catar (2022), mas que já se encontra a meio caminho entre o fim de ciclo de uma geração de ouro e a descoberta de novos talentos para poder voltar a ombrear com os ‘tubarões’.
O Europeu da Alemanha deixou a desejar, não tanto pelos resultados, é verdade que ser eliminado pela França nos quartos de final não é desonra alguma, mas o nível exibicional deixou a desejar tendo em conta a qualidade e quantidade de opções de que Roberto Martínez dispõe. A partir do jogo com a Turquia (3-0), na segunda jornada da fase de grupos, Portugal entrou numa crise lá na frente e não mais fez as redes mexer: 0-2 com a Geórgia, 0-0 com a Eslovénia e novo nulo contra Mbappé e companhia. Até Cristiano Ronaldo, o tal dos 910 golos na carreira, imagine-se, ficou em branco numa fase final pela primeira vez na carreira! Dava que pensar.
5 julho 2024, 22:56
Avançado do Al Nassr ficou em branco nos cinco jogos de Portugal no Euro 2024
Era, por isso, importante que o novo ciclo já tendo em vista o Mundial 2026 servisse para deixar outra imagem e, aqui e ali, houve momentos de muito bom futebol, como nos dois jogos com a Polónia, tanto em Varsóvia como no Porto, este último com segundos 45 minutos de verdadeiro espetáculo depois de uma primeira parte entediante. Nos duelos frente à combativa Escócia, Portugal encontrou muitas dificuldades: no estádio da Luz, o golo madrugador de McTominay (7’) obrigou Portugal a ir atrás do resultado e só mais um ato de salvamento de Cristiano Ronaldo (88’) evitou grande dissabor frente a uma seleção de terceira linha, que acabou por lutar pelo apuramento até ao fim beneficiando da irregularidade croata.
Em Glasgow, por exemplo, a Seleção limitou-se a ver o tempo passar e só teve uma clara oportunidade de golo com o relógio a bater nos 90’, voltando a dar dois passos atrás nos jogos fora de casa depois do passo em frente na Polónia, o único em que Portugal fez um jogo ‘completo’ e no qual as ‘pilhas’ não duraram apenas uma parte.
15 outubro 2024, 21:49
O passo em frente na Polónia redundou em dois passos atrás na Escócia. São demasiadas alterações no onze para ter resultados imediatos. Fica assim adiada a qualificação para os quartos de final
No meio dos altos e baixos da campanha, e lembrando que o problema luso, desde Fernando Santos, tem sido a abordagem aos jogos com os ‘pesos pesados’ (França, Alemanha, Inglaterra, Espanha, Itália…), houve, ainda assim, sinais bastante positivos e que deixarão, daqui em diante, Roberto Martínez com ainda mais opções para gerir. A mais agradável surpresa chama-se Renato Veiga, um dos 13 estreantes na era Martínez e que tão boa conta tem dado do recado. Sempre seguro, tanto na linha de três atrás como de dois, o polivalente do Chelsea parece ter ganhado definitivamente lugar nas escolhas do espanhol e, lembrando que Tomás Araújo também está aí a ‘rebentar’ – exibição de muito bom nível do jovem do Benfica na estreia em Split -, podemos estar descansados no que toca ao pós Pepe na Seleção.
A meio-campo, Vitinha foi um verdadeiro tratado nas duas últimas jornadas e vai reclamando lugar de indiscutível com exibições de luxo umas atrás da outras e lá na frente foi boa de se ver a melhor versão de João Félix nos primeiros 45 minutos em Split, destruindo, na companhia de Rafael Leão, a defensiva croata. Não tem (ainda?) no Chelsea a regularidade que tanto procura há anos, mas continua, na Seleção, a mostrar que é diferenciado. Também do Chelsea vem Pedro Neto, que, como Francisco Conceição, consegue dar esticões no jogo quando a muralha contrária está difícil de desmontar.
18 novembro 2024, 22:39
Médio desmarcou com grande abertura o avançado, que tirou coelho da cartola só com Livakovic pela frente. José Sá autor de defesa (im)possível. Rafael Leão sempre a abrir. Trio de centrais inicial inspirado
Nos sinais 'menos', João Neves ainda não tem conseguido replicar na Seleção o nível tremendo que mostrou no Benfica e mostra no PSG e as exibições 'assim assim' de Rúben Neves ou Otávio - queiramos ou não, jogar na Arábia Saudita não é o mesmo que no 'top 5' na Europa - deixam no ar a ideia de que Florentino (Benfica) ou Daniel Bragança (Sporting) justificavam a atenção de Martínez nesta fase de grupos.