Destaques de Portugal: classe de Bruno Fernandes e solidez de Palhinha
Médio do Manchester United decidiu partida em momento de puro talento, médio do Fulham foi o gigante solitário do meio campo de Portugal
Diogo Costa (5) — Começou a trabalhar ao minuto 11, disparo frontal de Polievka, perto do intervalo causou sobressalto quando errou lance com o pé direito em plena área, mas teve a sorte de Palhinha estar muito atento. Seguro ao minuto 52, segurando bola forte de Pekarik. Jogo relativamente fácil.
Dalot (7) — Não teve oportunidade para subir como tanto gosta, mas manteve as coisas sob controlo na sua zona defensiva e foi capaz de sair a jogar de forma limpa e segura.
António Silva (6) — Passe arriscado para Cancelo, a deixar o colega em sarilhos aos 10’, ao minuto 56 acompanhou como pôde fuga na área de Schranz. Estes sustos foram exceções e até sobressaiu com corte oportuno na área ao minuto 75.
Rúben Dias (6) — Liderou a defesa, jogando pelo lado canhoto da dupla de centrais, reforçou entendimento com Cancelo e fez dobras oportunas. Não impediu Skriniar de cabecear com perigo, mas a marcação não lhe pertencia e foi lá em missão SOS.
João Cancelo (6) — Tentou corrigir passe de risco de António Silva com um drible, mas não correu bem, perdendo a bola, mas, ao seu estilo, nem se importou e desatou a driblar e a construir autoestradas para o ataque, como aos minutos 50 e 60.
Bruno Fernandes (7) — Servido por Ronaldo aos 17’, ficou em zona frontal, solto, mas disparou à figura. Ao minuto 43, porém, que momento!, disparou na direita, simulação a tirar adversário da frente, entrada na área e remate de pé direito. A perfeição. Aos 76’, generoso, ofereceu o 2-0 a Ronaldo, mas não aconteceu.
Palhinha (7) — Menos de um minuto e já recuperava bola e fazia passes de qualidade para o ataque. Sozinho, ou quase, na missão defensiva do meio campo de Portugal, foi parede, embora obrigado a recorrer por vezes à falta. E, importante, tem qualidade com a bola no pé.
Vitinha (5) — Primeiro minuto, primeira oportunidade perdida, acertando mal na bola. Assumiu marcação de livre lateral ao minuto 37, bola diretamente para fora, e também os cantos nem sempre saíram bem. Pouco inspirado, mas capaz, ainda assim, de reter a bola e pautar o jogo de Portugal na primeira parte.
Bernardo Silva (7) — Apareceu em trabalho ofensivo ao minuto 45+3, quando tentou visar de muito longe a baliza, então privada do guarda-redes, mas o remate foi demasiado em jeito e fácil de neutralizar. Curto e simples, mas pertence-lhe também o passe lançador de Bruno Fernandes para 0 1-0. Ao minuto 70 serviu muito bem Ronaldo em zona frontal à baliza. Discreto na forma como enche o campo de qualidade.
Cristiano Ronaldo (5) — Tentou a sorte ao minuto 16, bola ao lado, atirou à figura ao minuto 67, aos 70’, com algum egoísmo, disparou ao lado, aos 76’, finalmente, rematou à figura quando tinha tudo para fazer golo. E, mais relevante, ao minuto 62 falhou a bola, em posição que para ele, há uns anos, seria ‘penálti’. Quando tentou corrigir atingiu Dubravka, vendo amarelo que o impede de defrontar o Luxemburgo. Infeliz na finalização, sobressaiu pela boa pressão que exerceu na primeira parte, ajudando a conquistar duas ocasiões de golo.
Rafael Leão (5) — Várias fugas pela esquerda, a do minuto 35 foi travada com dureza. Estava a dar trabalho, pelo que Schranz... Na segunda parte o individualismo raramente deu resultados e acabou por deixar o relvado.
Otávio (5) — Sempre pronto para a bola, seja ela ofensiva ou defensiva. Mas não tanto em jogo como certamente desejaria.
Pedro Neto (5) — Aguardavam-se rasgos, mas não houve oportunidade para isso. Procurou manter a posse e isso foi conseguido.
Nélson Semedo (5) — Encostou à direita, tranquilamente.