Superliga Euro... quê?

OPINIÃO30.10.202002:30

O capitalismo desenfreado norte-americano faz-se notar, cada vez mais, em solo inglês. Conforme A BOLA tem  anunciado, os donos do Liverpool e do Man. United são as mentes assumidas por trás da tentativa de criação de uma nova liga europeia milionária. Ainda mais milionária do que a nossa Champions? Aparentemente sim, tendo por base o alegado investimento superior a €5 mil milhões que o banco JP Morgan Chase & Co. (norte-americano, claro) está disposto a investir neste torneio fúcaro a duas voltas e preenchido por 18 comadres inglesas, alemãs, francesas, italianas e espanholas. Os mais ricos deste quinteto desejam, pois, viver num mundo à parte. Já agora, aproveitavam para fazer um favor a todos os restantes clubes - já agora, de que eles dependem para competir - e deslocavam as suas sedes para ir brincar ao futebol no local distópico mais distante. Por mais comercial e endinheirado que tornem o futebol, existem fatores incontornáveis: um deles é a estrutura piramidal e, na base desta, encontrar-se-ão sempre os princípios imutáveis da promoção, relegação, formação e solidariedade. É com base neste pressuposto que o futebol europeu se tornou o mais competitivo, atrativo e rentável do mundo. A Champions é a cereja no topo do seu bolo. Vai daí que  Ceferin, presidente da UEFA, reporta que não há lugar para uma superliga alternativa. Por terras espanholas, Javier Tebas, presidente da Liga ,foi curto e grosso perante o presidente demissionário do Barcelona, Josep Bartomeu, quando este anunciou que o clube catalão quer ingressar na elite das elites: mostrou ignorância total na organização e costumes do futebol na Europa bem como nos mercado dos direitos audiovisuais nacionais e internacionais. Convém lembrar os americanos que investem em clubes ingleses que estes só ganharam 4 das últimas 20 edições da Champions e 4 na mesma vintena de Ligas Europa. Cresçam. Depois, tentem aparecer ...