19 março 2025, 22:04
Oficial: Sporting anuncia Quenda e Essugo no Chelsea
Leões e ingleses já concluíram os negócios do extremo (€52,1 M) e do médio (22,3 M) e revelam detalhes através de comunicado enviado à CMVM
A nova estrutura começou a trabalhar em fevereiro mas pelo que herdou de Viana tem estado em mercado permanente, quase como numa corrente de ar entre as janelas de inverno e de verão. Este é o ‘Nunca mais é sábado’, espaço de opinião de Nuno Raposo
O Sporting pode contratar mais Gyokeres e Hjulmands no verão. Não é certo que acerte na mouche, como em 2023 com as aquisições do avançado sueco aos ingleses do Coventry — custou 20 milhões de euros na altura, mais 4 milhões em variáveis por desempenho desportivo individual e coletivo — e do médio dinamarquês aos italianos do Lecce — 18 milhões de euros —, mas agora está em condições de poder investir nas caras e popularmente designadas trutas na janela de verão do mercado de transferências. Porquê? Porque já encaixou 74,4 milhões de euros com as vendas de Geovany Quenda (€52,1 milhões) e de Dário Essugo (22,3 milhões); porque já tratou do que Hugo Viana deixou em mãos para tratar depois do mercado de janeiro, operações mais em conta; porque está a tratar e a acelerar outra do mesmo género. Com as contas equilibradas e mais ainda com a venda certa e milionária do supergoleador que veste a camisola 9, vai haver em Alvalade capacidade para investir em jogadores (um, dois, três…) cujos passes andem, mais coisa mesmos coisa, na casa dos 20 milhões de euros. Naqueles que podem fazer efetivamente a diferença, como se viu com Gyokeres e Hjulmand — e essa diferença renderá desportivamente mas também financeiramente no médio/longo prazo…
19 março 2025, 22:04
Leões e ingleses já concluíram os negócios do extremo (€52,1 M) e do médio (22,3 M) e revelam detalhes através de comunicado enviado à CMVM
A diferença podem fazer também jogadores que saiam mais em conta — veja-se o caso de Morita, que em 2022 chegou do Santa Clara por 3,45 milhões e transformou-se num titular indiscutível do Sporting campeão, embora sem perspetivas de grande retorno financeiro futuro. E é isso que os leões esperam de Giorgi Kochorashvili — operação financeira de €5,5 milhões, mais €2 milhões por objetivos, junto do Levante — e de Alisson — 2,1 milhões para o Vitória da Bahia. Dois trabalhos que Hugo Viana (entrou oficialmente em funções no Manchester City na passada terça-feira) deixou de herança para a nova estrutura leonina, que tem Bernardo Morais Palmeiro como diretor-geral do futebol e Flávio Costa como diretor de scouting a trabalhar diretamente com o presidente Frederico Varandas. Segue-se Vagiannidis, lateral-direito grego que obriga a investimento um pouco mais elevado, na casa dos 10 milhões de euros, e que os verdes e brancos querem resolver também ainda com esta temporada em curso.
Ou seja, a nova estrutura de Alvalade começou a trabalhar em fevereiro mas pelo que herdou de Viana tem estado em mercado permanente, quase como numa corrente de ar entre as janelas de inverno e de verão. Palmeiro chegou e resolveu Kochorashvili, Alisson e está a resolver Vagiannidis. Mas sobretudo encaixou 74,4 milhões para desafogo financeiro deste exercício, com o extra de manter o capital desportivo de Quenda por mais uma temporada antes deste rumar ao Chelsea. Pode depois dedicar-se às trutas e, naturalmente, a trabalhar para que Viktor Gyokeres seja alvo de leilão que suba a venda acima dos 70 milhões de euros do pacto entre administração e jogador e a aproxime mais dos 100 milhões da cláusula de rescisão. E com tudo isto, segurar os chamados intocáveis, como Hjulmand, Trincão, Pedro Gonçalves…
O foco vai entrar no campo desportivo. Daqui até maio adentro a luta prevê-se acesa com o Benfica e a começar já nesta que pode ser a jornada do ano, com uma aliança Sporting-FC Porto vs. Benfica-SC Braga, nas lutas pelo 1.º e pelo 3.º lugares. Mas bicampeã ou não, esta nova estrutura leonina tem condições para encarar a próxima temporada com esperança e otimismo. Porque para já o planeamento está mais do que a tempo e horas. E estabilidade e planeamento definido no arranque do defeso é meio caminho andado para uma pré-temporada de verdadeira preparação. E isso Rui Borges ainda não teve. Pelo andar da carruagem, a estrutura está a dar-lhe condições para começar uma época em que poderá sonhar.
Este clube não precisa destes jogadores para nada, basta terem árbitros desonestos que lhes ganhem os jogos.