Hoje jogo eu Sporting em Brugge: a borboleta que fez lembrar CR7 em Paris
João Pereira surgiu mais seguro e confiante na conferência de imprensa. E recordaram-se as famosas traças de 10 de julho de 2016
BRUGGE — É uma comparação forçada. Qualquer comparação com Cristiano Ronaldo, a não ser que falemos de Messi, é forçada. Como forçado é comparar um jogo da fase de liga da Champions com a final de um Campeonato da Europa. Mas aposto que esta segunda-feira, no Jan Breydel Stadion, todos se lembraram daquelas traças do Stade de France. Explico: numa conferência de imprensa na qual só marcaram presença profissionais da Comunicação Social portuguesa, nenhum deles terá deixado de associar a borboleta que voou sobre João Pereira, Geny Catamo, Filipe Dinis (o assessor de imprensa) e os jornalistas àquelas traças que vincaram o choro de um Ronaldo lesionado num momento tão importante.
A borboleta provocou sorrisos e desanuviou o ambiente na véspera de um jogo que diz muito mais ao Sporting do que seria expectável há umas semanas. Mas manda a seriedade dizer que João Pereira, o homem debaixo dos holofotes (e nem sempre os holofotes são bons) já estava confiante e aparentemente descontraído. Enquanto Geny falou, antes de a borboleta querer ser protagonista, assistiu na primeira fila e foi sorrindo perante perguntas dos repórteres e respostas de Catamo, olhando de forma cúmplice para o jogador.
Chamado ao palco, surgiu mais assertivo e com uma segurança diferente na voz. É absolutamente injusto para João Pereira ser comparado a Ruben Amorim nas capacidades de comunicação, porque há poucos no Mundo como o ex-treinador. Cabe ao atual, isso sim, recolocar a equipa no caminho das vitórias. Os próximos jogos dirão se consegue. Mas uma coisa parece certa: não será por virar a cara à luta que João perderá esta primeira batalha como treinador principal.