Projecto ou projeto!...
Titular da equipa campeã nacional, João Mário nem foi ponderado, e agora, com três ou quatro jogos da treta, já mereceu a atenção do responsável
H Á quinze dias escrevi aqui que Fernando Santos iria reparar a injustiça de não ter convocado João Mário para o Euro-2020 (que foi em 2021) chamando-o de novo à Seleção Nacional, mal fizesse a convocatória que ora apresentou. Fez uma escolha acertada João Mário, pois percebeu que se se mantivesse no Sporting não seria chamado a representar Portugal. Na verdade, titular da equipa campeã nacional, nem foi ponderado, e agora, com três ou quatro jogos da treta, já mereceu a atenção do responsável.
Por isso, na quinta-feira e ontem recebi várias mensagens - umas indignadas e outras com graça - felicitando-me por ter adivinhado a chamada de um jogador que veia à borla do Inter. Como mantenho amizade e respeito pelo Eng.º Fernando Santos, limitei-me a responder que não fizera nada de especial, pois a minha previsão foi como preencher o totobola à segunda-feira, como se costuma dizer!
Claro que não me fiquei por aí, tendo insistido que a ida para o Benfica de João Mário, mesmo à borla, não me causava qualquer perturbação, pois o que é barato às vezes sai caro, e claramente, na minha opinião ele não faz falta ao projecto. Como diz Rúben Amorim só quem não viu jogar e treinar Matheus Nunes e Daniel Bragança! Estes sim, custar-me-ia muito vê-los partir para outras paragens, designadamente Matheus Nunes, que agarrou a titularidade no Sporting e que tem certamente futuro na seleção, seja qual for o selecionador.
Aliás, como João Mário não era jogador do Sporting, se me tivessem mandado observar o plantel do Sporting no final da época passada e escolher um jogador que obrigatoriamente teria de dispensar, a minha escolha recairia sobre João Mário. Ansioso, muito ansioso mesmo, ando eu com a eventual partida de Matheus Nunes e outros que nem quero citar, mas que, ao que parece, já não vão sair neste mercado de verão.
Todos eles, e mais os que cirurgicamente foram contratados, fazem parte de um projecto em que todos acreditamos e que tem este ano uma continuidade mais exigente com a nossa entrada na Liga dos Campeões e uma Liga Portuguesa em que o clube a abater será o Sporting Clube de Portugal, como se pode ver, mesmo que decorridas apenas três jornadas e uma quarta com um VAR a preceito!
Já o disse várias vezes, mas vou repetir, que projecto é uma palavra ou um conceito muito usado no futebol indígena, mas que normalmente não se cumpre, ou melhor, raramente se faz aquilo que se planeia. Muda tudo muito depressa, quer pela mudança dos executantes quer pela inexistência de resultados imediatos. Na verdade, qualquer projecto sério tem de assentar em estabilidade, independentemente dos resultados!
Rúben Amorim aterrou em Alvalade com uma ideia definida, mas sob um manto de dúvidas, como é sabido, mas que destruiu com um à vontade, questionando: «E se der»? E deu, pelo que merece o nosso apoio e a procura de soluções económico-financeiras para dar sustentabilidade a um projecto desportivo que, a não ter grandes desvios, está votado ao sucesso.
Tivemos a felicidade de ter sucesso desportivo no primeiro ano da sua implantação. Não podemos porém embandeirar em arco e pensar que está tudo feito e que já não é necessário continuarmos humildes, conquistando o sucesso jogo a jogo, treino a treino!
E essa deve ser também a postura na Liga dos Campeões: jogo a jogo com vista à passagem à fase seguinte, ao alcance da nossa equipa, onde impera a força do colectivo!
Nesta altura perguntarão alguns dos meus estimados leitores o porquê do título, onde a questão de projecto é meramente ortográfica, já que se não dúvida haver um rumo desportivo.
Eu opto por projecto segundo a ortografia antiga, que aliás ainda uso em todos os meus escritos.
Não sei como escrevia o Visconde de Alvalade a palavra projecto, ou sequer se usava essa palavra quando escolheu como desígnio do Sporting Clube de Portugal ser um clube tão grande como os maiores da Europa.
Não importa pois o modo como se escrevem as palavras, mas o que elas querem dizer quanto aos objectivos. Escrito de uma maneira ou de outra, o projecto mantém-se: a maior potência desportiva nacional, um clube tão grande como os maiores da Europa!...
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et.
REGRESSO ÀS ORIGENS
C USTOU-ME muito a acreditar, e não acreditei mesmo, que Ronaldo iria para o Manchester City. Já me restavam poucas dúvidas quanto à sua saída da Juventus, atento tudo o que diziam as minhas fontes de informação, muito próximas deste clube. Contudo, duvidava que fizesse essa traição ao Manchester United, ainda por cima com um vencimento muito inferior àquele que tinha na Juventus.
Não sou íntimo de Cristiano Ronaldo, mas acho que conheço suficientemente o seu carácter para não conseguir compreender essa mudança para o Manchester City. E disse a alguém que se encontrava ao pé de mim que apostava que Ronaldo iria sim para Inglaterra, mas para o Manchester United, que não iria deixar de aproveitar a possibilidade de recuperar esse mítico jogador que completou a excelente formação que trazia do Sporting com Sir Alex.
Ronaldo não será propriamente um benfeitor, mas o seu lado emotivo pesa bastante nas suas decisões!
E é por isso que eu acredito que ele voltará um dia ao Sporting, restando-me saber quando e em que funções. Para já iniciou o caminho de regresso, sem passagem por Madrid!