O patinho feio do Benfica
Talvez nunca chegue a ser cisne, nem precisa.
Chegou ao Benfica no início desta época livre de contrato, depois de ter terminado a ligação aos alemães do Mainz, onde passara as anteriores seis temporadas a jogar ao mais alto nível, muito acarinhado no clube e pelos adeptos, mostrando capacidade em campo para retribuir esse apreço, como provam os 151 jogos que fez durante esse período, 11 golos marcados e 11 assistências para golo.
Muito acarinhado na Alemanha, no clube e pelos adeptos
No Benfica, entrou logo para titular, mas pagou por uma deficiente análise das suas caraterísticas e principalmente pelo mau contexto que já existia em redor do treinador da altura, o alemão Roger Schmidt. Com a entrada de Bruno Lage, passou a ser potenciado de uma maneira diferente e, aos poucos, começou a render. O patinho, afinal, não era feio.
Pagou por uma deficiente análise das características dele e contexto negativo
Poderá nunca crescer de forma a que se torne um cisne, mas agora está bem integrado e faz todo o sentido no plantel do Benfica. A intensidade que trouxe da Bundesliga e dos jogos pela seleção do Luxemburgo é um seguro de saúde para as ideias do treinador, mas é o sentido dele de missão, de compromisso com a profissão, a jogar, no banco de suplentes, ou na bancada, que o tornam bonito. Falo, naturalmente, de Leandro Barreiro.
)
O polivalente médio do Benfica é um daqueles jogadores de que qualquer treinador gosta e pela perseverança acaba por conquistar também os adeptos. Claro que as pessoas pagam bilhete para ver os cisnes, mas esses muitas vezes cegam com a própria beleza. No futebol, difícil é jogar simples. E ter consciência das limitações e sentido de pertença, como mostra Barreiro, ajuda.