No V. Guimarães «não basta dizer que queremos ser grandes»
Vitória entrou com o pé direito em Arouca. Foto LUSA

OPINIÃO No V. Guimarães «não basta dizer que queremos ser grandes»

OPINIÃO13.08.202409:00

Sentido de Pertença é uma crónica quinzenal

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Já tinha escolhido o título para esta crónica: «Humildade. Ambição». Era o indicado para o início do campeonato e para a fase decisiva do acesso à fase de grupos da Liga Conferência. Entretanto, na antevisão do jogo contra o Arouca, Rui Borges saiu-se com esta frase que, pelo tanto que significa, substituiu de imediato a que tinha previsto.

É uma frase que diz tudo. Não o diz apenas para fora, di-lo também para dentro. E é bom que o faça. É, por isso, um comando para o seu plantel, de exigência, de insatisfação, sobretudo de fazer recordar que o que tem corrido é absolutamente insuficiente para um campeonato que ainda está no seu início e para os objetivos (designadamente europeus) que temos que perseguir.

Mas é também um comando para nós, para o adepto. Para a paciência que é preciso termos. Para o apoio, em que somos sempre exemplares, mas que não nos deve faltar nas piores alturas, que certamente chegarão. E também para que deixemos de nos engrandecer apenas com assistências em casa e fora — em que somos o clube e a massa adepta que se destaca a seguir aos três mais titulados — e possamos voltar a ter aquela exigência, aquela ambição, aquele sonho de que nos desabituámos. Nós estamos obviamente disponíveis para isso. Estamos nas mãos daqueles que nos representam.

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Apesar de estarmos ainda no início da época, é altura para poder afirmar que, em minha opinião, Rui Borges foi a melhor contratação desta época. Ainda muito pode correr bem e mal, mas, até ao momento, verifico circunstâncias que se encaixam naquilo que espero do nosso treinador. Discreto, austero e exigente, que valoriza os índices físicos das suas equipas, que põe as suas equipas a praticar um futebol de pressão constante. E é isso que se exige. Que ganhe ou perca, o Vitória enfrente qualquer adversário jogando o seu jogo, disputando cada jogo, cada ponto, cada lance. A condição física com que o Vitória se tem apresentado nos seus jogos é admirável. A forma como, mesmo estando a vencer por 3-0 em Zurique, o Vitória não cessou de fazer pressão alta, é a correspondência em campo à frase com que intitulei este texto.

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Este início de época está a correr da melhor forma possível. Uma eliminação sem apelo nem agravo ao nosso primeiro adversário europeu. Uma vitória concludente em Zurique sobre aquele que é o 1.º classificado do campeonato suíço que abre boas perspetivas para a passagem de mais uma eliminatória. Uma vitória sem espinhas no primeiro jogo do campeonato no sempre difícil terreno do Arouca. Só temos que prosseguir. Com a mesma humildade, mas sem ceder na ambição. Sem perder de vista aquele que é o nosso maior objetivo: conseguir o apuramento para a fase de grupos da Liga Conferência, assegurar o correspondente encaixe de 4M€ e estar em posição de readquirir o prestígio europeu que notabilizou o Vitória nos anos 80 e 90