Mudanças exigem-se!
A FPF deve mandar no futebol em todas as suas vertentes como sucede, na generalidade, com o resto da Europa. O sindicato dos patrões não deveria ter direito a definir regulamentos de arbitragem e da disciplina quando estas já se encontram encaixadas em Caxias e não no Porto. A Liga deve assumir, só, a gestão da competição e a ligação aos patrocinadores, devendo-se preocupar com a valorização da sua marca (que, hoje em dia, vale pouco). Se for necessário colocar o Estado (através da secretaria de estado competente) a decidir, que se faça.
Relembro a AG ocorrida há uns meses que aprovou a alteração do modelo de governação, mantendo Pedro Proença no cargo até novas eleições. Vem aí, então, um novo modelo assente numa estrutura composta por um Presidente e uma Direção Executiva com poderes reforçados e com um Conselho de Presidentes salvaguardado por uma Comissão de Supervisão. Aguarda-se a AG com vista à alteração estatutária, implementação do novo formato de gestão e eleição dos novos membros dos órgãos sociais. Já agora, aguardam-se candidatos novos também! O nome de Domingos Soares de Oliveira deveria ser considerado, pois está de saída do seu escritório sito na Avenida Eusébio da Silva Ferreira. Já Tiago Craveiro será mais difícil depois de ter passado por lá há uns anos.
Como aviso, alerta-se que o modelo de gestão do futebol profissional está falido e sem aplicabilidade, como sucede com a legislação das sociedades desportivas (SD). A guerra entre o clube de futebol Os Belenenses e a sua ex-SAD é prova disto, afetando também a Liga, que não sabe gerir tal imbróglio. Damos um apoio: os clubes fundadores podem vender as suas ações de categoria A equivalentes, no mínimo, a 10% nas SD mas não transmitem aos compradores direitos que lhe estavam reservados pela detenção de tais ações privilegiadas. Lembram-se das golden shares na PT? Igual. A PT não se extinguiu, certo?