FIFA e árbitros

OPINIÃO27.05.202206:30

46 países da UEFA sem juízes no Mundial; Real espera até 2025; Leão e mais 10

1 A arbitragem portuguesa vive dias cinzentos, mas os filtros - azuis, verdes e vermelhos - que tanto se utilizam para avaliá-la não transmitem a verdadeira realidade cromática. Portugal não terá árbitros no Catar. Recuemos a 2014, última vez que um juiz nacional, Pedro Proença, esteve num Mundial. Era nessa altura melhor a nossa arbitragem? Seria hoje melhor pelo simples facto de termos um representante na competição? Não há no quadro atual um árbitro que se equipare ao nível que exibia o atual presidente da Liga, isso, porém, não significa que a bitola média no setor seja agora inferior à desses tempos, sobretudo porque a videoarbitragem evita uma série de erros - os que escapam fazem mossa mas experimente-se assistir a um desafio sem VAR… - que seriam lembrados por gerações. A FIFA, amiúde apelidada de associação de malfeitores, é subitamente olhada com deferência para se justificar a bondade da decisão de se excluir os árbitros lusos. Sabe quem é Janny Sikazwe? É um arbitro zambiano que, no último CAN, terminou por duas vezes o Tunísia-Mali antes dos 90’ - e estará no Catar-2022, no qual impera um sistema de quotas (só 11 vagas para árbitros europeus, será que os 46 países da UEFA que não estão representados também não têm juízes de valor?). Os árbitros portugueses, até ver, ainda não podem ser acusados de se esquecerem dos relógios no balneário.

Não está a ser fácil para o Real lidar com a opção de Mbappé de ficar no PSG. Os merengues estão habituados a contratar galáticos ao ritmo de um estalar de dedos e o francês, aos 23 anos, já campeão mundial, pode dar-se ao luxo de esperar para tentar guiar os parisienses à tão desejada Champions. Na casa blanca vive-se a fase de estranhar, seguir-se-á a de entranhar, antes de voltarem à carga em 2025.

Para os jogos da Liga das Nações, a Seleção é Rafael Leão - melhor avançado português - e mais 10.