FC Porto, verdade ou consequência...
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FC Porto, verdade ou consequência...

OPINIÃO08.01.202409:50

Há 48 dias, em entrevista à SIC, Pinto da Costa prometeu capitais próprios positivos, ou lá perto, para dezembro de 2023. Aguardemos, pois...

A 21 de novembro de 2023, em entrevista à SIC, Jorge Nuno Pinto da Costa, ainda no rescaldo da tumultuada AG do FC Porto, ocorrida oito dias antes, fez uma fuga para a frente e definiu prioridades: «A primeira é que o barulho de redes sociais não chegue à equipa de futebol, e que ela esteja tranquila para atingir os objetivos de toda a estratégia, que passam por estar nos oitavos de final da Champions. A segunda preocupação é que em dezembro, na estratégia traçada, possamos apresentar lucro e possamos ter capitais próprios positivos. Se não forem positivos, perto de positivos. E em terceiro, a minha preocupação é a nossa Academia. Só estou preocupado com isso. Temos três metas, passar aos oitavos de final e depois ir o mais longe possível. Meter as máquinas no terreno e apresentar em dezembro capitais próprios positivos.»

Volvidos 48 dias, e cumprido o desiderato de estar na fase a eliminar da Liga dos Campeões, nada se ouviu em relação aos capitais próprios, ou perto disso, aguardando-se, a propósito, um anúncio do FC Porto. Esperemos que, num horizonte próximo, o presidente dos dragões, que mostra, a cada dia que passa, continuar na posse de todas as capacidades intelectuais e cognitivas, mantendo uma extraordinária adesão à realidade, anuncie o que projetou. E quanto à Academia, porque os tempos de escrutínio político não são os mesmos da construção do Olival, que não teve custos, assumidos pela autarquia de Gaia (e não foram trocos, estamos a falar, há mais de 20 anos, de 16 milhões de euros), para o FC Porto, há que esperar para ver quando, como e quem financiará este novo projeto apadrinhado por Pinto da Costa. Os tempos noticiosos estão cada vez mais vorazes, a tendência para o esquecimento, em função de novos factos que vão assoberbando a atualidade, é constante, mas há que ter memória para se poder jogar ao verdade ou consequência.

A cerca de três meses das eleições no FC Porto, a equipa de futebol, cujos resultados poderão ter impacto na tendência dos votos, está a mostrar dificuldade de afirmação, pelo que deveremos aguardar pelo que resta desta janela de mercado de janeiro para podermos aferir da capacidade (ou não) de resposta da SAD no reforço do plantel, reclamado por Sérgio Conceição. Como se percebe, muito se joga no reino do dragão...