E agora quem faz de Chidane?
O Benfica gosta de pressionar, mas não de ser pressionado
CHIQUINHO fez falta durante o tempo em que esteve fora em Vizela, perante uma das maiores demonstrações de força de um não-grande esta época (fantástica exibição da equipa de Tulipa, sobretudo na desconstrução do poderio dos encarnados quando, sem bola, sobem as linhas), e a ausência continuará a sentir-se se o problema for grave. O Benfica gosta de pressionar, mas não de ser pressionado, ainda mais quando a definição e decisões de Chidane não estão presentes. João Neves que se prepare! Não ter ido ao mercado foi acertado? Mesmo que possa não sentir-se frente a Famalicão e Club Brugge, soa já a má decisão.
O FC Porto europeu foi colocado em xeque pela expulsão de Otávio e a incapacidade de lidar com as individualidades do Inter na reta final. A diferença é, ainda assim, recuperável, desde que os italianos nunca fiquem confortáveis no Dragão: as transições, com Lukaku, prometem dissabores. Já o Sporting tem um fortíssimo Arsenal pela frente, o que ensombra as suas expetativas na prova, depois de ter confirmado que a diferença para o Midtjylland é enorme. Por sua vez, em semana de aniversário para António Salvador, o SC Braga sublinhou também na Europa que ainda está longe do topo, de forma consistente, em Portugal. Eliminado com duas derrotas pela Fiorentina e mesmo com um 3.º lugar ocupado na Liga, sentem-se também aqui diferenças para o que teriam eventualmente conseguido os grandes.
Ten Hag venceu o primeiro troféu, e o holandês sinaliza uma primeira vez que teve razão, horas depois de novo hat trick de Ronaldo na Arábia Saudita. E se há motivo de esperança para o Man. United, nem 600 milhões depois o Chelsea volta ao caminho certo. Talvez um Tuchel campeão europeu não devesse ter sido despedido, e mais tivesse valido a Potter esperar pelo comboio seguinte.