Deixa Jogar

OPINIÃO08.09.201904:00

AFederação Portuguesa de Futebol (FPF) tem por principal objeto promover, regulamentar e dirigir, a nível nacional, o ensino e a prática do futebol, e, em especial, cabe-lhe, entre outras atribuições, desenvolver o futebol no território português, de acordo com o espírito desportivo, valores educacionais, materiais, culturais e humanitários, através de programas de formação e desenvolvimento dos diferentes agentes desportivos, prevenir as práticas que possam prejudicar o futebol e observar e fazer cumprir os princípios da lealdade, da integridade e do desportivismo de acordo com as regras do Fair Play (artigo 2.º dos seus Estatutos). Por outro lado, é consagrado nos Estatutos da FPF (artigo 3.º) o princípio da neutralidade e não discriminação.


Dentro deste contexto estatutário, e com «o claro propósito de fomentar o fair play, quer dentro das quatro linhas, quer fora delas», a FPF lançou esta semana o movimento #DeixaJogar, de modo a incentivar os bons comportamentos e combater os fenómenos de violência verbal ou física no futebol, consciencializando «os encarregados de educação e público em geral para os efeitos nocivos dos mesmos».


Com efeito, os pais e responsáveis pelos menores que praticam desporto têm um papel fulcral na passagem de mensagens positivas, que são as únicas que devem estar associadas à prática de qualquer modalidade. Tal desiderato só é atingindo plenamente através do exemplo.


Não esqueçamos, nunca, que o direito ao desporto é um direito fundamental e que a prevenção da violência no desporto é uma incumbência do Estado, especialmente prevista no artigo 79.º da Constituição.