Começar tarde e sem brilho
Fotografia FBP

Opinião Começar tarde e sem brilho

Houve a preocupação de celebrar a 3.ª jornada da Liga Betclic como da primeira se tratasse para atrair e agradar os fãs e quem está disposto a investir na modalidade? Nada! Tudo vai arrancar como se o campeonato decorresse há três semanas.

Em julho, poucos dias depois de se terem realizado os sorteios para a Liga Betclic 2024/25, masculina e feminina, escrevi que ficara surpreendido como é que havendo um clube, o Benfica (mas poderia ser outro), que até havia conquistado ambos os campeonatos na temporada anterior, e o dos homens apenas pela oitava vez na história da modalidade existiu um tricampeão, não se aproveitava a oportunidade para assinalar, na Luz, o arranque da competição com uma celebração conjunta, no mesmo dia ou fim de semana? Afinal, as duas provas estavam marcadas para a mesma data.

Mesmo com a sorte a determinar que, na jornada inaugural, a formação masculina das águias teria de ir à Madeira, porque não trocar a ordem e seria o Galomar a viajar até Lisboa para que, em conjunto, federação e Benfica, organizassem uma cerimónia?

À imagem daquilo que Neemias Queta irá viver terça-feira com os Boston Celtics no TD Garden, e que algumas ligas europeias de sucesso também já adotaram com êxito. A entrega dos anéis de campeão até poderia ser dispensada em Portugal.

Sou candidato… não me comprometo

11 outubro 2024, 12:16

Sou candidato… não me comprometo

Seja ao nível da formação, uma das competências de qualquer federação, como da competição e, finalmente, do alto rendimento há muitas flores e ambições anunciadas pelos candidatos a presidente das federações, mas poucos números colocados preto no branco.

Nessa altura, já sabia que o Benfica até ficara satisfeito por ir logo à Madeira. Assim, era menos uma viagem com que teria de se preocupar durante o resto da fase regular.

O verão passou e, bem antes da questão da inscrição dos jogadores extracomunitários se ter tornado num real problema que atrasou o arranque da Liga masculina, confirmou-se que ninguém estava interessado em qualquer comemoração e honras a campeões.

Com alguns campeonatos de outras modalidades já a decorrerem e outras a começarem no mesmo fim de semana, acharam, certamente, que não valia a pena um esforço extra — mas que devia ser comercialmente estratégico — de atrair e agradar a adeptos e patrocinadores. Isto quando se chora, permanentemente, e se bate com a mão no peito devido às suas ausências.

Entretanto, como todos sabem, o início da Liga masculina foi atrasado em duas semanas por a maioria dos clubes, que se uniram como poucas vezes o fazem, não terem conseguido regularizar atempadamente a inscrição de muitos dos seus americanos. Os quais representam mais de metade dos basquetebolistas estrangeiros a jogar na Liga.

Significa isto que, durante duas jornadas, poderiam ter sido mais mas a reunião da passada terça-feira entre clubes e FPB, assim como a alteração do documento com que os primeiros se tinham de comprometer resolveu a questão, o principal basquetebol nacional não existiu. Certamente as outras modalidades coletivas agradeceram.

Honra aos campeões

10 julho 2024, 12:08

Honra aos campeões

As jornadas inaugurais não deviam ficar dependentes da sorte do sorteio para que exista uma comemoração. Neste caso até se poderia aproveitar os campeões serem o mesmo clube.

Adeptos e patrocinadores, da Liga e das equipas, viram as respetivas expectativas adiadas. Houve a preocupação de celebrar a 3.ª jornada da Liga Betclic como da primeira se tratasse para atrair e agradar os fãs e quem está disposto a investir na modalidade? Nada! Tudo vai arrancar como se o campeonato decorresse há três semanas.

A única esperança é que os seis clubes que jogam em casa na 3.ª jornada — FC Porto, Galomar, Ovarense, Imortal, Queluz e Esgueira — de alguma forma tenham preparado algo para assinalar a data e atrair adeptos. No entanto, temo que a maioria se limite a permitir que a bola ao ar aconteça sem festa e cerimónia de honra.

Depois, não se admirem e se venham queixar que não conseguem ter mais público a encher as bancadas e a acompanhar na televisão.