2022 não está a começar ‘ano do leão’

OPINIÃO24.01.202205:55

No Sporting, ano novo, vida nova, e não foi para melhor. FC Porto está agora sentado na cadeira de maior candidato ao título

Omau início do Sporting em 2022 - duas derrotas em três jogos da Liga - é um facto relevante que, além de catapultar o FC Porto para a cadeira do principal favorito ao título, suscita grande curiosidade sobre a reação dos leões a este apagão súbito.
O Sporting de Rúben Amorim, com  mérito, nunca se viu, até agora, confrontado com aquela frustração continuada que deriva dos maus resultados, e deverá fazer prova de estofo para dar a volta à situação. E não de trata nem de categoria, nem de ambição, muito menos de entrega ao jogo. Aquilo de que falo é de estofo no sentido de arcaboiço para encarar as dificuldades e dar a volta por cima.  O jogo da Taça da Liga da próxima quarta-feira, frente ao Santa Clara que tantas dores de cabeça lhe deu é importante para atirar para as calendas, na memória dos jogadores, o desaire caseiro com o SC Braga, e a final, se lá chegar, igualmente.

Seguem-se dois adversários acessíveis - visita ao Jamor e receção ao Famalicão - e a seguir chegam os duelos de gala, primeiro no Dragão e depois em Alvalade com o City. Por tudo isto não é difícil concluir que estamos na fase mais delicada da época sportinguista, que pode dizer-nos se os leões vão continuar a sonhar, ou não, com um bicampeonato que não conhecem desde 1954.  

Para finalizar o tema do Sporting, há que relembrar que estamos a mês e meio de eleições no clube, período sempre associado a alguma efervescência fora das quatro linhas. Sem que me pareça estar minimamente em causa a reeleição de Frederico Varandas, do desempenho da equipa de futebol até ao ato eleitoral dependerá o maior ou menor conforto com que o atual presidente se irá apresentar a sufrágio. A meio de fevereiro, depois de FC Porto e City, fazem-se contas...

JÁ o Benfica, que venceu com justiça mas sem brilho em Arouca, deve encarar a Taça da Liga como um projeto de redenção. A equipa, que continua mergulhada em demasiadas dúvidas - de escolhas, de tática e de filosofa de jogo - e é vista ainda com assinalável desconfiança pelos seus adeptos, precisa de um clique que a lance para outros patamares, e, depois de tanto tempo em doca seca de troféus, a Taça da Liga, mesmo com pedigree inferior à Liga ou à Taça de Portugal, serviria às mil maravilhas.

PS - Falta uma semana para o emagrecimento do plantel?
 

ÁS — SÉRGIO OLIVEIRA

Bem pode dizer o internacional português que o FC Porto emprestou à Roma: «Veni, vidi, vici». De facto, à boa maneira de Júlio César, a integração de Sérgio Oliveira na equipa de José Mourinho está a ser imperial, traduzindo-se o sucesso do novo giallorosso em três vitórias em outros tantos jogos disputados. La vita è bella...
 

ÁS — CARLOS CARVALHAL

Numa época difícil, em que o SC Braga tem mostrado muitas dificuldades para chegar a um lugar no pódio, o triunfo de sábado em Alvalade funcionou como um bálsamo para Carlos Carvalhal, que tem penado para aguentar o barco. O golo de Gorby, 19 anos, foi emblemático, aliás, da perestroika arsenalista.
 

DUQUE — GONÇALO INÁCIO

No futebol, todos ganham e todos perdem, a equipa é sempre o mais importante. Porém, há jogos particularmente difíceis para este ou aquele jogador e, depois de Ricardo Esgaio ter sido o elo mais fraco do Sporting na derrota nos Açores, agora foi Gonçalo Inácio a abrir a porta do desaire leonino frente ao SC Braga.

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