Fórmula 1 Verstappen na 'pole position': «Sou dos Países Baixos, estou habituado à chuva»

A chuva ou faça sol, Max Verstappen (Red Bull) não perde tempo e garantiu a 25.ª pole position da carreira no GP do Canadá e assumiu até ter-se divertido apesar dos tensos treinos qualificativos em virtude das condições adversas que levaram a bandeira vermelha a ser acionado no circuito Gilles Villeneuve.

«O carro não estava fantástico, por isso fizemos alterações. Hoje, as condições estavam completamente molhadas, mesmo assim acho que o carro melhorou em termos gerais. Com chuva temos de estar atentos às condições, muito escorregadias. Mas tomámos as decisões certas, nas horas certas e estou muito contente pela pole», comentou o bicampeão mundial que fez a volta mais rápida em 1.25,858 m no início da Q3, pouco antes do rookie da McLaren, Oscar Piastri, ter acionado a bandeira vermelha na sequência de despiste contra o muro.

Nascido em Hasselt, Bélgica, há 25 anos, Verstappen só aos 18 se naturalizou neerlandês, mas a proximidade geográfica entre a cidade natal e o país que representa são suficientes para ajudarem o piloto a adaptar-se à intempérie. «Gosto de pilotar à chuva, venho dos Países Baixos, estamos habituados a conduzir nestas condições», disse, bem-disposto, prometendo lutar pela sexta vitória da época em oito grandes prémios cumpridos.

Detentor de vários recordes de precocidade, Verstappen fixou em 1,2 segundos o máximo da diferença entre o primeiro e segundo classificados numa sessão de qualificação, quando o recorde anterior era de 0.756 segundos. O alemão Nico Hulkenberg, apesar disso, estava sobejamente satisfeito por ter colocado o seu Haas na primeira linha da grelha (1.27,102).

«Com tanta chuva tivemos que nos reajustar constantemente, mas foi giro. Foi um pouco inesperado, mas estou muito contente por ter feito um trabalho sólido. Sair da primeira linha é bom, muito doce, veremos durante quanto tempo conseguimos manter-nos assim, só quero ir lá, competir e obter um bom resultado», prometeu.
As bátegas de água ensoparam Fernando Alonso, mas não afastaram o espanhol da Aston Martin do terceiro melhor tempo. «Foi uma qualificação muito traiçoeira pela escolha certa dos pneus, mas adoro correr no Canadá», comentou o antigo bicampeão mundial.

Carlos Sainz a rolar devagar na última chicane na derradeira volta e a provocar a eliminação de Pierre Gasly, bem como o problema elétrico que deixou o Alfa Romeo de Zhou Guanyu quase parado na pista, fazendo a bandeira vermelha apresentar-se pela primeira vez, promete ainda dar muitas dores de cabeça aos comissários.