Tudo sobre o primeiro dia (e os próximos) de Hamilton na Ferrari
Piloto britânico apresentou-se esta segunda-feira de manhã na mítica sede da Scuderia em Maranello e logo na estreia teve uma jornada intensa de trabalho
Lewis Hamilton apresentou-se com estilo e mereceu receção com honras de estadista na sede da Ferrari, em Maranello, esta segunda-feira, o seu primeiro dia como piloto da Scuderia.
O britânico foi contratado pelo construtor italiano e inicia na temporada de Fórmula 1 de 2025 uma nova fase da carreira, depois de 12 anos na Mercedes, onde se tornou um dos dois pilotos com mais títulos mundiais na categoria rainha do desporto automóvel – sete, em igualdade com Michael Schumacher, alemão que conquistou cinco cetros consecutivos na Ferrari (2000-2004) - e o que tem mais vitórias em Grandes Prémios, com 105.
Quase um ano após o anúncio da contratação (a 1 de fevereiro de 2024), Hamilton assinalou a chegada a Maranello nas redes sociais com a publicação de uma imagem sua, posando em frente à fachada da mítica sede da Ferrari e ao lado de um icónico modelo da marca do Cavallino Rampante, o superdesportivo F40 (lançado em 1987 foi o último a contar com a supervisão de Enzo Ferrari, fundador da empresa, que morreu no ano seguinte, e comemorativo do 40.º aniversário do fabricante), acompanhando-a com a seguinte mensagem: «Há dias que sabemos que vamos recordar para sempre e hoje, o meu primeiro como piloto da Ferrari, é um desses dias.»
«Tive a sorte de ter conseguido coisas na minha carreira que nunca pensei serem possíveis, mas parte de mim sempre se agarrou ao sonho de correr de vermelho. Não podia estar mais feliz por realizar esse sonho hoje».
«Hoje iniciamos uma nova era na história desta equipa icónica e mal posso esperar para ver que história escreveremos juntos», escreveu o piloto.
Hamilton foi recebido pelo chefe de equipa, Frederic Vasseur – que conhece bem depois de ter conquistado títulos consecutivos para a equipa ASM/ART do francês na F3 Euro Series e GP2 em 2005 e 2006 – o CEO da Ferrari, Benedetto Vigna, e o vice-presidente Piero Ferrari. O britânico conheceu também o seu novo engenheiro de corrida, Riccardo Adami, que trabalhou com Carlos Sainz, que Hamilton substitui na Scuderia.
Durante o dia inaugural, após as honras da casa, Hamilton manteve, de acordo com a Ferrari, «várias reuniões e briefings técnicos» com os membros e os responsáveis da equipa de Fórmula 1, com o intuito de aprontar o primeiro teste em pista, marcado para quarta-feira, em Fiorano, circuito privado da Scuderia, anexo à sede em Maranello, ao volante de um monolugar (F1-75) da temporada de 2022.
Ainda esta segunda-feira, Hamilton já esteve a testar no simulador da Ferrari, em Fiorano (a Ferrari assinalou com publicações nas redes sociais o momento da entrada do piloto nas instalações do circuito e a hora: 16h43), utilizando o banco que foi concebido atempadamente para este teste e os ajustes no volante que o britânico solicitou aos técnicos da equipa.
Na estreia, Hamilton partilhará a pista de Fiorano com o novo companheiro de equipa, Charles Leclerc, e tem previstos para a próxima semana mais três dias de testes, no circuito de Barcelona, com datas precisas ainda dependentes das condições climatéricas que se registem na região da capital da Catalunha. A intenção da Ferrari é proporcionar a Lewis Hamilton um programa intensivo de testes, à luz do regulamento de 2025, que permite que pilotos titulares rodem 1000 quilómetros durante um máximo de quatro dias com carros utilizados em temporadas passadas.
Os primeiros dias de Hamilton nas instalações da Ferrari gerou enorme onda de entusiasmo entre os tifosi, que têm afluído aos milhares para a zona de Maranello, esgotando a oferta hoteleira, ao ponto de o presidente da Câmara de Maranello, Luigi Zironi, ter solicitado medidas de segurança mais rigorosas às autoridades policiais, principalmente nos acessos e junto à fábrica e pista da Ferrari.