«Ricciardo perdeu o instinto assassino quando saiu da Red Bull»

Helmut Marko, consultor do construtor austríaco, explica os motivos de ter dispensado o piloto australiano da Racing Bulls

O consultor da Red Bull, Helmut Marko, diz que Daniel Ricciardo perdeu o ‘instinto assassino’ quando saiu da equipa austríaca em 2019, ao explicar os motivos do construtor ter decidido prescindir dos serviços do piloto australiano na equipa secundária Racing Bulls (RB) com efeitos imediatos.

Esta quinta-feira, foi confirmado que Ricciardo foi substituído na equipa RB até ao final de 2024 pelo piloto de reserva Liam Lawson, neozelandês, de 22 anos, que se junta ao japonês Yuki Tsunoda na escuderia a partir do Grande Prémio dos EUA, em Austin, a próxima ronda do Mundial.

Em declarações exclusivas ao Motorsport-Total, Helmut Marko disse acreditar que a carreira, de 14 anos, de Daniel Ricciardo nunca recuperou o fulgor depois de ter saído da Red Bull e considera que o australiano perdeu o seu ‘instinto assassino’ desde então.

«Penso que a decisão de deixar a Red Bull foi o ponto de viragem na sua carreira», declarou o influente responsável da equipa de Fórmula 1 da gigante multinacional de bebidas energéticas. «Não teve um carro vencedor, nem na Renault nem na McLaren. Não sei exatamente o que aconteceu, porque se soubéssemos tê-lo-íamos ajudado, mas o seu instinto assassino desapareceu», acrescentou Marko.

«Quando chegou à nossa equipa em 2014 [substituindo Mark Webber], Daniel venceu [Sebastian] Vettel nessa temporada, mas em 2015 Daniil Kvyat foi mais rápido do que ele algumas vezes e ao longo da temporada também o dominou. E depois veio o Max [Verstappen, em 2016] e este tornou-se cada vez mais forte, por isso essa foi certamente uma das razões para a sua decisão de escolher a Renault [em 2019] em vez de continuar connosco», considerou Marko, que revelou que Ricciardo foi informado sobre a sua saída da Racing Bulls antes do recente GP de Singapura, quando a notícia se espalhou no paddock.

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«[O momento da saída] estava relacionado com diversos fatores e obrigações contratuais», explicou o austríaco. “Foi informado e fez uma despedida mais digna, creio, ao fazer a volta mais rápida da corrida», disse.

«Foi-lhe dito claramente que teria de ser significativamente melhor do que Yuki Tsunoda e só o conseguiu em algumas corridas. Por isso ficou claro que esta história do filho pródigo a regressar à Red Bull Racing infelizmente não resultou. Ele disse que está em paz consigo próprio e que aceitou a situação, vamos ver quais são os seus planos para o futuro», concluiu Marko.

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