Miguel Oliveira «num dia estranho» não consegue acesso direto à Q2 em São Marino
Fotografia Imago

Miguel Oliveira «num dia estranho» não consegue acesso direto à Q2 em São Marino

MOTO GP06.09.202419:46

Piloto português sentiu dificuldade de aderência nas travagens para as curvas, mas sabe que não é por falta de aderência do asfalto do circuito. Apesar de ter melhorado 3s na sessão da tarde e passado de 22.º para o 14.º mais rápido, ficou fora do 'top-10'.

Um dia após ter sido oficialmente confirmado pela Yamaha como piloto da Pramac para as duas próximas temporadas de MotoGP, Miguel Oliveira (Aprilia) terminou na 14.ª posição os treinos cronometrados para o Grande Prémio de São Marino, 13.ª prova das 20 que constituem a temporada, o que deixa o piloto português fora do apuramento direto para a segunda fase da qualificação, a decorrer amanhã no Circuito Marco Simoncelli, antes da corrida sprint.

Oliveira, atual 13.º (60 pts) classificado do mundial de velocidade, fez a melhor volta em 1.31,724m, terminando a 1,039s do italiano Francesco Bagnaia (Ducati), o mais rápido da sessão, que bateu Marc Márquez (Ducati) por 0,185s e o também espanhol Jorge Martin (Ducati), líder do campeonato (299 pts), por 0,281. Bagnaia, que no passado fim de semana não terminou o GP de Aragão, tal como Oliveira, está a 23 pontos de Martín.

Nos treinos livres da manhã o português da equipa americana Trackhouse Racing não havia ido além do 22.º tempo, no entanto, à tarde, melhorou cerca de 3s, ainda assim insuficientes para integrar o lote dos 10 melhores para a segunda fase da qualificação (Q2).

«Foi um dia estranho. Sentimos que melhorámos durante a sessão da tarde, mas, de facto, tive bastantes dificuldades, sobretudo nas zonas de travagem. Estamos a colocar menos carga na frente por causa do contacto do pneu traseiro com o asfalto, mas isso cria alguma instabilidade, que custa meia décima de segundo ao colocar a mota, ter o controlo na travagem e pôr a mota na posição correta para a saída das curvas», justificou Miguel Oliveira através da Trackhouse, excluindo, no entanto, a falta de aderência dos pneus à pista e colocando até a hipótese de «não estar a usar o pneu traseiro da forma correta nas travagens».

«Fiz duas voltas em 31,7 na última tentativa, mas esse é o tempo que os pilotos da frente fazem com pneus usados atrás, pelo que não é uma questão de aderência. Trata-se de encontrar o compromisso ideal para a entrada nas curvas. Vamos ver se encontramos a direção correta para amanhã», completou.