5 outubro 2023, 00:13
Andebol: V. Setúbal-FC Gaia interrompido após invasão de campo
Jogo do campeonato não foi retomado na segunda parte
Clube sadino disponível para colaborar no sentido de «punir os transgressores» que invadiram o campo e levaram à suspensão do jogo com o FC Gaia, esta quarta-feira, para a sexta jornada do campeonato
O Vitória de Setúbal emitiu esta quinta-feira um comunicado a condenar os incidentes da noite de quarta-feira no Pavilhão Antoine Velge, e que levaram à suspensão do jogo com o FC Gaia (6.ª jornada do campeonato), mostrando-se o clube sadino igualmente disponível para colaborar com as autoridades na identificação e punição dos responsáveis pela invasão do campo.
Faltavam poucos segundos para o intervalo e a equipa de Gaia vencia por 16-8 quando tudo aconteceu. Pelo menos três adeptos invadiram o recinto, e mesmo depois de serem retirados, foi entendido pela Federação que não havia condições de segurança para se jogar a segunda parte, conforme explicado em comunicado.
5 outubro 2023, 00:13
Jogo do campeonato não foi retomado na segunda parte
O V. Setúbal critica o comportamento dos seus adeptos, mas também a PSP. Leia o comunicado dos sadinos na íntegra.
1. O Vitória Futebol Clube vem, no seguimento dos acontecimentos da última noite no Pavilhão Antoine Velge, colocar-se ao lado da Federação de Andebol de Portugal e das autoridades, no sentido da promoção da ordem, da segurança e do respeito pela prática desportiva. O Vitória está, portanto, disponível para, dentro de todas as suas possibilidades, colaborar no sentido de punir os transgressores que, alegando responder a provocações vindas do recinto de jogo, invadiram-no, situação que uma vez mais apenas penaliza o nosso Clube e a sua equipa de Andebol. Não faz por isso falta dizer que, enquanto instituição centenária que diariamente luta pela promoção de bons valores, o Vitória Futebol Clube não compactua com, e repugna fortemente, quaisquer situações de intimidação ou violência no desporto.
2. Mais, o Vitória Futebol Clube informa ainda que:
a. Após contacto entre a Delegada ao Jogo e o Conselho de Arbitragem, foi exigida a presença da polícia no recinto.
b. Apesar de uma patrulha da PSP ter efetivamente estado presente no recinto durante as mais de 3 horas que tardou a resolução destes lamentáveis incidentes, nunca esta se mostrou disponível para que 2 dos seus elementos pudessem permanecer no Antoine Velge durante o decorrer da segunda parte do jogo.
c. Em alternativa, o Vitória Futebol Clube garantiu que 14 elementos do seu staff fossem destacados para promover, durante o tempo de jogo em falta, a segurança das bancadas, situação essa também recusada pela Delegada.
d. Numa segunda fase, os adeptos presentes foram convidados a abandonar o recinto, solução que, por vários, foi compreensivelmente rejeitada. Consideram estes Vitorianos ter sempre, de forma ordeira, apoiado a equipa, pelo que não deveriam também eles ser punidos por atos alheios.
e. Assim, mesmo com a concordância das 3 equipas em campo, que queriam jogar, e de todos os esforços levados a cabo para que o jogo pudesse prosseguir em segurança, o retomar da partida não foi aceite pela Delegada, que considerou não estarem reunidas as condições para tal necessárias.
3. O Vitória Futebol Clube aguarda agora o relatório da equipa de arbitragem e a decisão das autoridades, lamentando uma vez mais a reincidência de comportamentos que apenas mancham o nosso bom nome e que continuam a trazer, a nível financeiro e desportivo, consequências gravíssimas ao nosso clube.