Uma era que se aproxima do fim: Sinner garante n.º 1 mundial até ao fim do ano

Tenista italiano junta-se à exclusiva lista de jogadores no ativo que terminaram temporada no topo do 'ranking': Novak Djokovic, Rafael Nadal e Carlos Alcaraz

Depois de anos e anos de total domínio do ténis mundial, a dita era dos Big 3 - nome que se dá ao grupo composto por Novak Djokovic, Rafael Nadal e Roger Federer - está cada vez mais perto de terminar. O tempo não perdoa e cada vez mais são os sinais que direcionam o ténis mundial para uma nova fase, com novos protagonistas.

Na mesma semana em que o já esperado fim de carreira de Rafael Nadal foi anunciado, prestes a juntar-se ao rival e amigo Roger Federer na aposentadoria, Jannik Sinner voltou a mostrar que é um dos tenistas determinados em preencher o vácuo deixado pelos históricos Big 3, na liderança do circuito profissional.

É que, este sábado, o italiano assegurou o número um mundial até ao final do ano, fruto de uma temporada que o cimentou como o melhor da atualidade. No ativo, só Novak Djokovic, Rafael Nadal e Rafael Nadal é que já o conseguiram fazer.

«É espetacular. É algo com que sonho desde que sou criança. Significa muito para mim, obviamente», reagiu o italiano ao site da ATP, organismo que regula o circuito profissional.

E se olharemos para os últimos 20 anos, Sinner é apenas o sexto atleta a conseguir tal proeza, igualando o feito de Andy Murray (2016) e do rival Alcaraz (2022). Um dos dados que indica o domínio do Big 3 é precisamente as vezes em que terminaram no topo do ranking no fim do ano. Nole é recordista absoluto (8), seguido pelo suíço (6) e por El Toro (5).

E o italiano de 23 anos teve uma grande época. Ao fim de 10 meses, venceu 59 encontros, perdendo apenas seis e esse registo permitiu-o arrecadar seis troféus, incluindo dois Grand Slam - Open da Austrália e o dos Estados Unidos -, aos quais junta ainda os Masters 1000 de Miami e Cincinnati.

Sinner conseguiu esta proeza ao qualificar-se para a final do Masters 1000 de Xangai, ao derrotar o checo Thomas Machac, por 2-0, com parciais de 6/4 e 7/5 e na procura pelo 7.º troféu do ano, vai enfrentar o sérvio Novak Djokovic, ele que procura um histórico 100.º título na carreira.