Nuno Borges e a estreia no Open da Austrália 2025: «Muller está ao meu alcance»
Nuno Borges prestes a iniciar o Open da Austrália 2025
Foto: IMAGO

Nuno Borges e a estreia no Open da Austrália 2025: «Muller está ao meu alcance»

Há um ano, no primeiro Grand Slam da temporada, o português (36.º ATP) atingiu a 4.ª ronda e foi eliminado pelo russo Daniil Medvedev. Primeiro encontro na segunda-feira contra francês (56.º)

Nuno Borges chegou «confiante» e cauteloso a Melbourne, onde vai liderar a comitiva nacional, composta por Jaime Faria e Francisco Cabral, no Open da Austrália, o primeiro major da temporada que arranca domingo.

O jogador maiato, número 36 do ranking mundial, não conseguiu a qualificação para a final do ATP 250 de Auckland, ao perder frente ao belga Zizou Bergs (66.º ATP), pelos parciais de 2-6, 6-3 e 5-7, mas saiu da Nova Zelândia com uma boa dose de confiança na bagagem, após somar três vitórias até às meias-finais.

Nuno Borges já fez o primeiro treino em Melbourne Park, sob as orientações de Rui Machado, diretor técnico nacional, e Pedro Sousa, treinador do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis.

«Está bastante mais calor e os campos também são um pouco mais rápidos. A bola é a mesma, mas as sensações são um bocadinho diferentes. Entre hoje [sábado] e amanhã [amanhã], vou tentar ajustar os últimos pormenores do meu jogo e tentar ganhar algum ritmo nestes courts. Mentalmente estou bem, agora vou tentar aproveitar para recuperar ao máximo da última semana dura para estar pronto segunda-feira para mais uma grande batalha em cinco sets», avançou o tenista maiato.

Há um ano, Borges atingiu a quarta ronda do Open da Austrália, só sendo travado pelo russo Daniil Medvedev, então terceiro colocado na hierarquia mundial, mas mostra-se cauteloso para a edição deste ano do torneio, que tem como campeão o italiano Jannik Sinner.

«Só porque correu muito bem no ano passado, não quer dizer que esteja à espera que corra também muito bem este ano. Aliás, é essa mentalidade que tenho vindo a adotar. Sei que um ano depois, no mesmo torneio, não será exatamente o mesmo Nuno, estou com sensações diferentes, o meu corpo também está diferente, o meu ritmo também não é o mesmo e os próprios campos mudam ao longo do tempo. As coisas não são assim tão lineares e a verdade é que há um ano fui construindo essa confiança. É isso que vou à procura», revela, confessando adorar o Open da Austrália.

Apesar de «ultimamente sentir estar a jogar melhor», o número um nacional garante continuar a ver «muitas coisas a melhorar e a evoluir» no seu jogo. «Sinto que faz falta melhorar alguns aspetos para jogar frente aos melhores do mundo, para continuar a jogar nestes grandes palcos e com os melhores adversários. Há sempre essa necessidade de encontrar mais soluções no meu jogo», explica.

A estreia de Nuno Borges está agendada para a madrugada de segunda-feira diante do francês Alexandre Muller (56.º ATP), campeão do ATP 250 de Hong Kong na primeira semana da época, em horário e campo ainda a definir.

«Acho que o Muller é um adversário ao meu alcance, mas ele também está a atravessar um bom momento, ganhou em Hong Kong e aproveitou para recuperar na semana de Auckland, portanto sei que ele vai estar a jogar o seu melhor ténis. Pode ser um bom encontro, mas tenho de trazer o meu melhor jogo, porque ele está num dos seus melhores momentos de forma de sempre, senão o melhor. Será, sem dúvida, um grande desafio e, à melhor de cinco sets, é preciso merecer e trabalhar para poder ganhar três. Vou consciente disso», finaliza Borges, parceiro do amigo Cabral na prova de pares.