Milan-Cagliari, 1-1 Travão na euforia: Conceição estreia-se em San Siro com empate

Apesar do domínio quase total do Milan, o Cagliari foi seguro e intenso a defender e reagiu de imediato ao golo de Morata aos 51', fazendo o 1-1 aos 55'. Depois, apesar da forte pressão 'rossonera', notou-se o cansaço da Supertaça...

Depois do arranque de sonho, com duas vitórias na Supertaça de Itália, a primeira nas meias-finais diante da Juventus (2-1), a segunda na final com o Inter (3-2), Sérgio Conceição não foi além de empate com o Cagliari (1-1) na estreia como comandante do Milan em San Siro e na Serie A, duelo no qual, com o passar do tempo, foi notório o desgaste, físico e psicológico, da viagem de sonho à Arábia Saudita.

E até parecia estar tudo a correr bem neste sábado. Até aos 20 minutos, o domínio do Milan foi total, mas, depois desse período, o Cagliari foi acertando as marcações, ao mesmo tempo que conseguia travar com maior eficácia as tímidas tentativas dos rossoneri de Sérgio Conceição.

Nota nessa fase para os remates enquadrados de Reijnders (19') e Rafael Leão (24'), os dois jogadores mais ativos do Milan na primeira parte em San Siro.

Porém, com o aproximar do intervalo, quem ficou à beira do 1-0 foi mesmo o Cagliari, num lance conduzido, aos 40’, por Mattia Felici, protagonista de um remate fantástico em arco para defesa fabulosa, em voo e no limite, de Maignan, hoje capitão do conjunto de Milão. Estava desenhado o melhor lance de toda a partida!

O domínio rossonero, esse, mantinha-se no arranque da segunda parte, mas desta vez com outra postura junto da baliza adversária. Assim, logo aos 47’, Pulisic surgiu com tudo, mas viu o seu remate acertar em cheio na a barra, num remate de ressaca na sequência de livre convertido por Reijnders.

Pouco depois, aos 51’, Morata fazia mesmo o 1-0, num lance confuso mas bem aproveitado pelo espanhol para empurrar para o fundo da baliza. Sérgio Conceição celebrava, finalmente, nesta sua estreia na Serie A como comandante do Milan.

Porém, durou pouco a celebração rossonera. É que, somente quatro minutos depois, o Cagliari chegou ao 1-1, por Nadir Zortea, um golo que caiu como balde de gelo em San Siro, mais ainda pelo modo como Maignan ficou tão mal na fotografia...

O empate moralizou os visitantes e enervou os anfitriões. O Cagliari acreditava, ainda surgiu com perigo, mas foi sol de pouca dura, cedo percebendo que… poderia ser melhor segurar o ponto.

Assim fez. O Milan voltou a crescer, mas… as forças iam faltando – algo inevitável depois da dupla jornada de Supertaça, com Juventus e Inter na Arábia Saudita. Já o Cagliari, sem criar perigo, ia defendendo bem, satisfeito que estava com o 1-1; ao contrário de Sérgio Conceição, que não se cansa de dar indicações aos seus jogadores, sobretudo pedindo-lhes que avançassem mais no terreno.

Foi o que fez Tammy Abraham, o herói da Supertaça, autor do golo final e que, contra o Cagliari, quase conseguia o 2-1, num disparo cheio de intenção mas travado com mestria pelo guarda-redes Caprile, que acabou por ser uma das grandes figuras do jogo deste sábado.

A pressão milanista foi total até ao apito final, mas o marcador não sofreria mais alterações.