Neemias está contente por voltar após a lesão e nem pensa quantos jogos já fez ou quantos os Celtics ainda querem que jogue

Poste português falou ao diário 'Boston Globe' depois de ter atuado contra os Blazers e vindo da lesão na perna direita. Não liga se lhe vão dar a última vaga no plantel para o 'play-off' ou não. Só quer fazer o seu trabalho e evoluir.

De regresso à competição e aos convocados por Joe Mazzula para o embate dos Boston Celtics ante os Portland Trail Blazers, no qual entrou a 1.54m do fim, quando os visitantes lideravam já por 95-115, Neemias Queta (1 pt, 1 res, 1 ass) deu ainda o seu contributo para a vitória por 99-121. Desfecho que tornou os líderes da regular season nos primeiros a atingir a meia-centena de triunfos (50 v-14 d) na temporada, ao mesmo tempo que somou a segunda vitória, seguida, nos quatro encontros já realizados dos cinco que estão a cumprir numa exigente digressão de oito dias pelo Oeste.

A última vez o poste português entrara em campo por Boston havia sido a 14 de fevereiro, contra os Nets, tendo registado 8 pts, 4 res e 1 rbl em 13m. Entretanto o clube adquiriu o extremo/poste Xavier Tillman aos Grizzlies e Neemias passou a ficar mais no banco ou não ser convocado. As oportunidades para mostrar rodar e mostra-se centraram-se nos Maine Celtics da G League, até que, há cerca de duas semanas, sofreu uma hiperextensão no joelho direito no embate contra os Wisconsin Herd.

Sem que a lesão fosse grave, a paragem seria, no máximo, de duas semanas. No último sábado já estava no lote dos disponíveis para Mazzulla. «Lá consigo sentir mais facilmente do que necessito [melhorar] porque [na G League] jogo muito mais do que aqui. Os jogos são um bocadinho mais lentos que na NBA. Mas sinto que estou a tentar construir as jogadas para os meus colegas. Estava a sentir-me realmente bem até à lesão, por isso tenho esperança de que, quando regressar, poderei apanhar as coisas onde as deixei», declarou Queta ao diário Boston Globe após o encontro em Portland.

Apesar de não estar a ser tão utilizado como antes, diz estar satisfeito com a integração e crescimento como jogador nos Celtics. «Sinto que tenho dado mais passos para ser consistente em tudo o que faço. Por exemplo, acho que tenho feito um melhor trabalho em proporcionar jogadas para os outros, realizado mais bloqueios. Estou mais consistente com as rotinas. Noto que isso me ajuda a ter maior prestação em campo e, ao mesmo tempo, tenho melhorado em não ficar com problemas de faltas, ainda que tenha espaço para crescer. Isso pode ajudar bastante».

«Quero conseguir minutos mais consistentes e ter uma melhor noção do que posso oferecer», referiu o português que ao ter sido utilizado por Mazzula, já só poderá atuar mais nove jogos por Boston na regular season devido ao limite de 50 que o contrato de duas-vias impõe e que também proíbe que jogue no play-off.

Para fazer parte das contas do treinador na segunda fase do campeonato terá de assinar um contrato standard. Os Celtics ainda têm uma vaga no plantel de 15 quer irá ao play-off.

«Não é minha função pensar nisso», comenta sobre a situação contratual e referindo que não conta quantas vezes já jogou ou foi ao banco. «Sei que tenho até 50, por isso, cada partida é uma oportunidade para lá estar e ser melhor. Mas, como disse, é com eles decidirem o que fazerem com esses jogos. Se quiserem que jogue já, posso jogar agora. Se me quiserem poupar, também posso fazer isso», concluiu. Os Celtics têm mais 18 partidas a cumprir até ao final da fase regular. Esta noite defrontam os Jazz em Salt Lake City.