Mundial: Chile cumpre tradição de debutantes e perde na estreia

Mundial: Chile cumpre tradição de debutantes e perde na estreia

RÂGUEBI10.09.202316:00

Chile estreia-se em Mundiais a pontuar mas com derrota frente ao Japão

O Chile, décima seleção a estrear-se em campeonatos do mundo e primeira debutante nos últimos 12 anos, cumpriu uma tradição dos Mundiais de râguebi que se arrasta desde 1995, ano em que a África do Sul, de regresso às competições internacionais, venceu o seu primeiro jogo de sempre na prova, curiosamente na edição que organizaram e acabariam por vencer.

Em Toulouse, Los Condores perderam frente ao Japão por 42–12 (21-7 ao intervalo), copiaram o desfecho nas estreias de Namíbia, Espanha, Uruguai, Geórgia, Portugal e Rússia e deixam, por mais quatro anos, intacto os créditos dos Springboks. 

Rodrigo Fernandez, 3.ª linha chileno, foi o autor do primeiro ensaio (6m) da seleção da América do Sul em fases finais de um Mundial. 

Alfonso Escobar (47m), o segundo, num momento da partida em que o Chile jogava em superioridade numérica, um toque de meta de um dos dois pares de irmãos que preencheram o XV inicial escolhido por Pablo Lemoine, ex-selecionador do Uruguai e da Alemanha.

Para a história chilena, e não pelas melhores razões, entrou também Matias Dittus. O pilar recebeu o primeiro amarelo (admoestação mantida após a reanálise no bunker), Martín Sigren, capitão, foi o segundo jogador a deixar o Chile em inferioridade numérica (20m a jogarem com 14). 

A indisciplina, em especial nos primeiros 40m - chilenos cometeram 9 faltas contra 6, do Japão, 6x1 ao intervalo - pode ajudar a justificar a diferença no marcador.

Por curiosidade, o Japão levou o terceiro amarelo em todos os mundiais. Dylian Riley, sul-africano de nascença, mereceu a (des)honra. 

A diferença entre seleções (e no resultado) encontra igualmente explicação nos oito degraus que separam as duas equipas no ranking mundial. Os Brave Blossoms ocupam o 14.º lugar, enquanto o Chile é o último na tabela dos mundialistas (22.º).

Amato Fakatava autor de dois ensaios (8m, 41m) e 17 placagens foi o homem do jogo. 

Dos seis ensaios (ponto de bónus ofensivo), todos convertidos por Rikiya Matsuda (10, 31, 42, 54, 73 e 81m), um toque da bola dentro da linha de felicidade merece destaque: Michael Leitch (53m) fez o vigésimo da contabilidade pessoal em 80 internacionalizações.

Para o fim, outra tradição. A seleção japonesa deixou imaculado o balneário e os seus adeptos deixaram as bancadas do Estádio de Toulouse num brilho.

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