15 janeiro 2025, 17:17
Sporting: Rui Silva herda número de Porro
Guarda-redes vai jogar com 24 nas costas e já está inscrito na Liga
Guarda-redes começou a jogar como avançado (pivô), no futsal, mas a sua estatura levou-o a recuar (e bem) para a baliza. Fez testes no Sporting antes de assinar pelo Nacional. Herdou o número 24, usado pela última vez por Porro
Do Maia para as luzes da ribalta. Rui Silva subiu a pulso, fez sacrifícios para conseguir concretizar o sonho de se tornar profissional. Primeiro jogava na rua, depois passou para o pavilhão, seguiu-se o pelado e a afirmação na Madeira.
Rui Silva teve uma infância feliz dividida entre Águas Santas, onde habitava com os pais, e Ardegães, onde frequentou a escola e viviam os avós. O primeiro contacto mais sério com a bola foi num pavilhão, sim, começou por jogar futsal, aos 9 anos, no Brás Oleiro, e jogava à frente, gostava de marcar golos, confessou a A BOLA numa entrevista em 2019.
Curiosamente usava o 99 nas costas, por causa de... Vítor Baia. Mas, um dia, o guarda-redes faltou ao treino e os colegas pediram ao treinador que o colocasse na baliza porque era o mais alto (agora tem 1,91 metros). E nunca mais largou as luvas.
Aos 13 anos foi jogar futebol para o Maia, onde fortaleceu o desejo de chegar ao topo e aos 17 já estava na equipa principal, o que despertou interesse de vários clubes, entre os quais o Sporting, antes de seguir para a Madeira, com Pedro Caixinha a dar o aval para a sua contratação.
«Fiz testes no SC Braga e no Sporting, mas a diferença era que no Nacional me ofereceram um contrato profissional. Tinha 18 anos e para mim e para os meus pais era algo formidável, tratava-se de um clube com história e aceitei. Fui para longe, foi complicado no início»,contou a A BOLA.
Foi no Nacional que se fez guarda-redes de referência, onde esteve quatro anos e meio, reconhecendo que houve um treinador que o marcou: «O Manuel Machado teve muita importância na minha evolução, o que sou e o que poderei tornar-me devo-o muito a ele.»
Seguiu depois para o Granada, onde se impôs na segunda época (esteve lá quatro), viria a ser considerado o melhor guardião da II Liga e as porta de La Liga abriram-se com naturalidade.
Ao serviço do Betis, sempre com Manuel Pellegrini no comando técnico, o guardião português foi sempre valorizado, é certo que foi alternando titularidade, mas destacou-se em várias ocasiões. Por exemplo, em outubro passado, na vitória dos sevilhanos frente ao Atlético Madrid (1-0), Rui Silva completou 50 clean sheets — partidas em que não sofreu golos — ao fim de 154 encontros em La Liga (67 ao serviço do Granada e 87 pelo Betis) e tem o recorde de defesas feitas num só jogo no campeonato espanhol, em 2023/2024, em que parou 11 remates também frente ao Atlético de Madrid.
Agora, Rui Silva, que soma uma internacionalização de quinas ao peito, vai lutar pela titularidade no Sporting. O guarda-redes já está inscrito na Liga, pode ser utilizado quando Rui Borges assim o entender, e vai jogar com o 24 nas costas, que herda de Pedro Porro.
15 janeiro 2025, 17:17
Guarda-redes vai jogar com 24 nas costas e já está inscrito na Liga