Médio-abertura, de 19 anos, eleito melhor jogador do Campeonato da Europa de Praga 2024, ambiciona ser lobo e jogar no estrangeiro
O médio-abertura da seleção portuguesa de sub-20, Manuel Vareiro, recebeu o Prémio de Melhor Jogador (MVP) do Europeu da categoria e fechou da melhor forma estes últimos seis meses de competição, em que andou a saltar entre variantes, Sevens e XV, e entre lobos, na janela de junho e novembro da World Rugby, Lusitanos e sub-20.
«O Callum, o Gonçalo e o Marcelo disseram que ia ser um dos líderes da equipa», um testemunho bem aceite. «Deu-me responsabilidade e senti que tinha de mostrar o que as últimas 12 semanas tinham representado para mim, onde tinha crescido e os pontos onde podia ajudar a equipa», justificou o jovem de 19 anos, que não acusa o peso da responsabilidade. «Sinto que já tenho a perfeita noção do jogo, que é coisa que estes últimos meses me ajudaram a perceber», frisou.
«Acabo sempre por jogar numa posição onde tenho de liderar, comandar as tropas para todos os lados. Se, por acaso, estou num dia mau, provavelmente, a equipa também, porque ficamos sem um líder, sem um maestro da banda», descreveu Manuel Vareiro, que sobre a final destaca o papel de quem orienta. «Os treinadores tiveram um grande impacto. Prepararam o jogo na perfeição. Sabíamos tudo o que eles iam fazer para ganhar».
Virada a página dos sub-20, Vareiro quer seguir os capítulos escritos pela geração sua antecessora e afirmar-se como lobo. «Tenho de ir ao Mundial 2027, é um sonho. Vou ter de me organizar. Ir ao ginásio, estudar, o que tenho feito, não muda muito. Mas agora com a mentalidade um bocadinho diferente: de concretizar um sonho, que é jogar o Mundial. Ter papel importante na equipa, independente da idade», assume.
Portugal sagrou-se campeão europeu sub-20, contrariando o favoritismo dos Países Baixos na final com triunfo expressivo. Segundo o selecionador Callum McLean, é geração de futuro para a equipa principal
Um sonho a médio prazo que deixa à mostra outro num futuro mais próximo. Seguir as pisadas da profissionalização e da saída para o estrangeiro. «O ano passado já tive para ir, mas depois, por causa do curso e também de ainda não ter tido muita coragem de sair daqui da minha zona, fiquei», confessou. «Mas para ser, é para o ano, quero mesmo ir. Tenho de me mentalizar que quero levar esta vida de forma profissional, sair de Portugal, treinar com profissionais e como um profissional, a fazer o que mais gosto», finalizou.