Dragão à beira da centena em noite de gala
FC Porto recebeu, venceu e convenceu os gregos do PAOK, por 99-64, em jogo da fase de grupos da Taça Europa
O FC Porto venceu o PAOK em noite de gala no Dragão Arena, vergando o líder do Grupo I da Taça Europa a derrota por números imprevistos (99-64). O triunfo, por 35 pontos, permite aos portistas ascenderem ao primeiro lugar da classificação, em igualdade pontual (9) com os gregos. Para manterem o comando, os azuis e brancos têm de fazer o mesmo resultado que o PAOK na derradeira ronda.
Extraordinário início de jogo do FC Porto, no limiar do insólito em equipas da mesma igualha, ao atingir um parcial de 18-0 aos cinco minutos. Impunha-se a pontaria de Max Landis e de Xeyrius Williams, já em madrugadora mostra da grande noite dos dois norte-americanos, a contribuírem para aquele pecúlio com oito e seis pontos, respetivamente.
Estremeceram os gregos, ao verem-se em tamanha desvantagem no final do primeiro período (22-6), que se meteram ao trabalho para reagir. E conseguiram-no, à imagem dos portistas, com um ímpeto espantoso que resultou num parcial de 0-12 após o reatamento da partida, beneficiando de uma fase com falhas de lançamento e permissividade defensiva dos dragões, a que se acrescenta a entrada do seu americano Devonte Upson (6 pontos).
De rompante, chegando aos 18-22, os helénicos reentravam no jogo e temeu-se no Dragão Arena que a equipa da casa se ressentisse do golpe.
No entanto, nova (suposta) surpresa: um triplo de Williams, aos cinco minutos, interrompeu a sangria aos 27-20 (e um parcial de 2-14) e foi mote para o restabelecimento da eficácia da formação portuguesa, correspondido por mais dois tiros de três do irresistível Landis (a caminho dos 27 totais com que abrilhantou a sua exibição) e de Tony Douglas, a colocaram a retoma portista em velocidade máxima. De tal modo, que a vantagem dos anfitriões disparou para 20 pontos, a maior do jogo, à beira do intervalo, que se atingiu com 42-23.
Se alguém esperaria que o terceiro período trouxesse novo volte-face, enganou-se… redondamente. Ainda que não sem excluir mais motivo de pasmo: a hegemonia, agora esmagadora, do FC Porto, a atingir patamares impensáveis sobre o líder do agrupamento. Neste quarto, os dragões chegaram aos 30 pontos(!), contra apenas 12 dos gregos, que se afundavam no marcador, para uma desvantagem abissal de 37 pontos. Irrecuperável, mesmo que houvesse mais reviravoltas neste jogo.
Por isso, o derradeiro período foi mero consumo de tempo, com as equipas a relaxarem a defesa, em toada festiva para o FC Porto - apesar de o treinador Fernando Sá ter feito descansar a estrela da noite, Max Landis -, e penoso para o PAOK.