Benfica promete «lutar até ao último segundo» na estreia na Champions
Os tricampeões nacionais jogam amanhã na Catalunha frente ao Manresa na primeira jornada do Grupo G, naquela que é a terceira presença consecutiva dos encarnados na Liga dos Campeões
O Benfica defronta amanhã os espanhóis do Manresa na primeira ronda do Grupo G da Liga dos Campeões, onde marca presença pelo terceiro ano consecutivo.
Os encarnados tiveram três dias para lamber as feridas depois da derrota (93-97) com o FC Porto que levou para casa a Supertaça e agora é hora de arrumar a trouxa e zarpar até Espanha.
Pela frente, um adversário que para o técnico das águias, Norberto Alves, atua num dos melhores campeonatos da Europa. «É uma equipa muito rápida, extremamente física, com jogadores muito atléticos. Doze jogadores que imprimem um ritmo muito alto, com muitas posses de bola. Correm muito pelo campo. Grande capacidade atlética, com grandes ressaltadores. Vai ser um jogo duro para nós», assumiu.
«Não é um dos maiores pavilhões de Espanha, mas tem mais de cinco mil lugares e está sempre cheio, com um ambiente muito duro para as equipas visitantes», considerou o treinador dos tricampeões que entram em ação na quarta-feira, a partir das 19h45, no pavilhão Nou Congost, na Catalunha, a 50 quilómetros de Barcelona.
Norberto Alves estudou os rivais que considera terem um dos plantéis mais fortes dos últimos anos e sabe o que fazer para conseguir uma estreia auspiciosa na fase de grupos. «Conhecemos muito bem aqueles jogadores. É fundamental não os deixar correr, não provocar turnovers. É, realmente, uma equipa muito rápida, muito forte fisicamente. Vamos ter de igualar, pelo menos, a fisicalidade deles. Têm jogadores muito atléticos, como é o estilo do basquetebol espanhol. São equipas duras, rápidas, com muito movimento da bola. É fundamental pararmos os bases. Têm muitos jogadores com muita capacidade de criar jogo, driblar e fazer bloqueios diretos. A maneira como pararmos os exteriores, nomeadamente o bloqueio direto, vai ser decisiva», analisou.
Uma tarefa que exige empenho máximo e para a qual o Benfica não conta todas as armas devido a problemas físicos. «Vamos ver se podemos contar com mais alguns. Está a ser uma época difícil a esse nível. Quem estiver, que dê um passo em frente», pediu o técnico que, por exemplo, não conta com Aaron Broussard, o base norte-americano de 34 anos, MVP da final do play-off do título de 2021/22, e que dificilmente voltará este ano. Mais perto do regresso estará Tyler Stone, extremo norte-americano, que reforçou o Benfica esta época, sofreu uma lesão muscular no início de setembro com tempo previsto de paragem de um mês. «Apesar das muitas ausências de jogadores decisivos, é lutar para ganhar até ao último segundo. Isso nunca será diferente», prometeu.
O Grupo G conta ainda com Derthona Basket (Itália) e Chemnitz (Alemanha) de campeonatos «muito mais fortes», até pelo «investimento» , mas isso não retira ambição ao tricampeão. «Jogamos sempre para vencer, independentemente de serem superfavoritos», avisou.